Segunda-feira, 10 de março de 2025
Por Redação O Sul | 4 de abril de 2019
Nessa quinta-feira, o Cevs (Centro Estadual de Vigilância em Saúde) confirmou o primeiro caso de febre chikungunya contraído dentro do Estado em 2019. A vítima é uma mulher que mora em Esteio e não tem histórico recente de viagens para outros Estados – a sua identidade não foi informada.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, no dia 21 de março ela passou a apresentar sintomas como dores nas articulações e músculos, além de irritações na pele. Agentes do órgão já realizaram uma vistoria nas áreas próximas à residência da paciente, à procura de locais com água parada, ambiente onde costuma se reproduzir o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
Até então, apenas um caso importado (quando a transmissão ocorre fora do Estado) havia sido confirmado em território gaúcho desde janeiro, envolvendo um indivíduo residente de Porto Alegre. No ano passado, foram 11 casos autóctones, todos no município de Santiago (Região Central). Além desses, deram positivo outros oito testes para a infecção. Já em 2017 o número de casos chegou a 18 (todos importados) e, no ano anterior, quatro autóctones e 69 importados.
Sintomas
O quadro agudo de infecção por chikungunya dura até 15 dias e cura de forma espontânea. Em aproximadamente 70% dos casos, há sintomas – que aparecem de dois a 12 dias após a picada do inseto (que também é vetor da dengue e do zika vírus), período conhecido como “incubação”.
– Febre;
– Dores intensas nas articulações (joelhos, cotovelos, tornozelos e pulsos);
– Pele e olhos avermelhados;
– Dores pelo corpo;
– Dor de cabeça;
– Náuseas e vômitos;
– Em alguns casos, inclui manchas vermelhas ou bolhas pelo corpo.
– Conforme o Ministério da Saúde, depois de infectada a pessoa fica imune pelo resto da vida. Após a fase aguda, no entanto, algumas desenvolvem um quadro crônico, com dores nas juntas que podem durar meses ou mesmo anos.
Prevenção
Para prevenir as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, é fundamental o reforço das medidas destinadas à eliminação dos criadouros de mosquitos em ambientes residenciais (sobretudo quando há pátio) e profissionais (ferros-velhos, por exemplo).
A água parada em pratinhos de vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e até mesmo recipientes pequenos como tampas de garrafas é sempre um fator de risco. Assim, também devem ser observados possíveis espaços abertos como terrenos baldios, praças e estacionamentos.
Do total de 497 municípios gaúchos, em 339 há infestação do Aedes aegypti – 20 a mais que no ano passado e um acréscimo de 93 em relação a 2017. Esse dado se refere às cidades que notificaram focos do mosquito nos últimos 12 meses. A lista completa pode ser conferida no Informativo Epidemiológico de Arboviroses publicado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde, disponível no site www.saude.rs.gov.br.
(Marcello Campos)