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Rio Grande do Sul Estiagem e pandemia fizeram o PIB do Rio Grande do Sul cair 3,3% no primeiro trimestre deste ano

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Retração do PIB estadual foi puxada pelos desempenhos negativos da agropecuária e indústria. (Foto: Arquivo/Defesa Civil)

Com recuos em todas as principais atividades de sua economia, o PIB (Produto Interno Bruto) do Rio Grande do Sul registrou no primeiro trimestre uma queda de 3,3%, pior que a média nacional (-0,3%). A Seplag (Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão) atribuiu o resultado a dois fatores básicos: a mais severa estiagem dos últimos anos e as primeiras medidas restritivas contra a o coronavírus.

Uma análise setorizada aponta que essa retração de janeiro a março foi puxada pelo desempenho negativo da Agropecuária, que caiu 14,9% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em seguida aparece a Indústria (-4,6%) e os Serviços (-1,2%). Os dados foram divulgados por meio de videoconferência na manhã desta quarta-feira (10) pelo DEE (Departamento de Economia e Estatística) da Seplag.

De acordo com a pasta, o resultado negativo já era esperado. A falta de chuvas afetou de forma decisiva a produção de soja (-27,7%), milho (-19,3%) e fumo (-22,0%), produtos importantes da matriz econômica gaúcha. “Os impactos da estiagem não se restringem ao primeiro trimestre e ainda veremos os seus efeitos no segundo trimestre”, alertou o pesquisador Martinho Lazzari.

O titular da Seplag, Claudio Castal, ressaltou que o governo do Estado já vem discutindo alternativas aos diferentes segmentos produtivos, avaliando situações relacionadas ao emprego, fornecedores e acesso ao crédito: “Estamos em diálogo permanente com todos os setores, por meio de um comitê que reúne as principais entidades empresariais, buscando identificar nossos gargalos e traçar estratégias para uma recuperação da nossa economia”.

Ele também mencionou a parceria com a Assembleia Legislativa em projetos de estímulo para áreas mais impactadas por conta da situação da pandemia e os efeitos da estiagem: “Precisamos olhar toda a complementariedade da nossa economia, não um setor especifico”.

Desempenho por setor

O desempenho negativo da agropecuária no Rio Grande do Sul contrastou com o crescimento na atividade registrado no Brasil, de 1,9%. Apesar do desempenho abaixo do esperado nas principais culturas de verão, algumas registraram desempenho positivo no período no Estado, como é o caso de uva (+12,3%), arroz (+4,4%) e maçã (+4,1%).

Na indústria, a única atividade com indicador positivo foi a Indústria Extrativa Mineral (+1,8%). Construção (-3,8%), Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (-18%) e Indústria de transformação (-2,6%) registraram quedas e tiveram desempenho inferior ao do país.

Já no que se refere à indústria de transformação, tiveram destaque os desempenhos negativos das atividades de Fabricação de máquinas e equipamentos (-12,8%), Produtos químicos (-9,7%) e de Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (-6,4%).

Os serviços, por sua vez, tiveram uma queda puxada por Comércio (-2,8%) e Outros Serviços (-4,0%). As atividades de Transportes, Armazenagem e Correio (+1,5%), Serviços de Informação (+0,9%) e Atividades Imobiliárias (+1,3%) registraram alta e atenuaram o recuo geral no setor.

No comércio, o segmento Hipermercados e Supermercados (+6,8%), Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (+9,4%) e Artigos Farmacêuticos, Médicos, Ortopédicos, de Perfumaria e Cosméticos (+1,7%) tiveram desempenho positivo. Quedas foram registradas nas vendas de Tecidos, Vestuário e Calçados (-23,5%), Veículos (-14,8%), Combustíveis e Lubrificantes (-9,1%), Móveis e Eletrodomésticos (-13,45%).

“Ainda que o impacto da crise decorrente do novo coronavírus venha a ser maior no segundo trimestre, a interrupção das atividades e a mudança de comportamento dos consumidores e empregadores já em março contribuíram para a taxa de -3,3% do primeiro trimestre”, destaca a chefe da Divisão de Indicadores Estruturais do DEE, Vanessa Sulzbach.

(Marcello Campos)

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