Domingo, 27 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 16 de julho de 2016
O ambiente Velvet Home, busca a suavidade do veludo, reunindo arquitetura, design e arte em um universo acolhedor e requintado. Criado para a mostra Casa Cor RS 2016, a arquiteta Lídia Maciel apresenta um estilo clássico apurado, leve e despretensioso. Traçando um paralelo entre o contemporâneo e o elegante. Um projeto que tira partido dos eixos visuais e linhas retilíneas que dialogam com a arquitetura existente do casarão de 1940 onde ocorre o evento. O resultado foi um espaço dinâmico e envolvente para quem aprecia a arte do bem viver.
O espaço concebido divide-se em Hall de entrada, Galeria, Living com Jantar e Biblioteca. Com um pé direito de 5 metros quadrados, o espaço do Hall com piso de mármore e paredes brancas propõe a limpeza da mente e está mobiliado apenas com um banco em acrílico, remetendo a leveza característica dos projetos do escritório. O espelho clássico com moldura dourada esta colocado entre duas arandelas de design, modelo Linea da consagrada Flos. Este primeiro ambiente é propositalmente mais estreito, direciona o olhar a sequencia de grandes pórticos, que fazem a transição e delimitam os demais espaços marcando o eixo de visuais.
Foto: Jackson Ciceri / O Sul
Na sequencia, o ambiente da Galeria apresenta à arte disposta em um fundo acolhedor. Onde se percebe pela primeira vez o revestimento nobre que inspirou o nome do espaço, uma camurça de toque aveludado que reveste grande parte das paredes. Entre as obras dispostas neste espaço temos a magnifica escultura em Pau Brasil do artista Hugo França, sua forma única de raiz parece flutuar colocada cuidadosamente sob um pedestal de acrílico.
Fazendo contraponto a esta forma sinuosa temos o trabalho de Fernanda Naman, telas que se destacam pelos traços arquitetônicos na sua série “Perspectiva”. No lado oposto, contamos com o trabalho singular do Fotógrafo Raphael Macek, que clicou um cavalo em movimento, especialmente a pedido do escritório. Ainda temos, sobre aparador, a obra em bronze da artista Arminda Lopes. Fechando o conjunto de boas vindas temos um luxuoso pufe de capitonê em veludo branco com franjas francesas e dois generosos aparadores em pau ferro natural.
A iluminação é pontual e o destaque vai para a luminária Ashanghai de 1955 com pé em acrílico da Fontana Arte, peça de serie limitada. O grande living se destaca por explorar as lindas janelas do clube, vestidas com cortinas de linho branco e duettes automatizadas. As mesmas dão fundo ao sofá de 6m de comprimento em linho que esta disposto juntamente a três grandes mesas de centro, poltronas e pufes. Duas telas da artista Fernanda Valadarescolocadas cuidadosamente em paredes opostas equilibram a simetria.
O jantar, com 14 cadeiras no modelos Luis XIV, mesa em laca e pendente deslocado está localizado paralelamente ao
Foto: Jackson Ciceri / O Sul
living. Duas telas da artista Shirley Paes Leme de proporções generosas, compõem o cenário. O ambiente da Biblioteca fecha o circuito, um espaço mais íntimo e com uma charmosa lareira em mármore Nero escovado. O toque de cor fica por conta do sofá clássico, juntamente a chaise em tecido alfaiataria fazem conjunto a cadeira do designer Sergio Rodrigues. A estante de livros decorada, trás esculturas de Bez Batti e fazem fundo ao eixo principal do espaço. Uma fotografia autoral do Fagner Damasceno e o conjunto de telas daRoseli Jahn fecham o acervo de obras de arte.
“A riqueza dos detalhes, o abuso da arte e a busca pela leveza. As premissas fundamentais para as diretrizes do projeto foram guiadas por conceitos clássicos da arquitetura atemporal”, afirma Lídia. A grande tendência explorada pela arquiteta no espaço são os painéis de tensoflex. Aplicado simetricamente no pé direito de 4 metros quadrados do ambiente do jantar, ele faz fundo aos dois moveis do bar desenhados especialmente para o projeto.