Políticos do PT estão apreensivos com a designação do ministro Rui Costa para a articulação política, como Lula definiu antes de decolar para nova turnê no exterior. O estilo rude do chefe da Casa Civil de tratar colegas, parlamentares e subordinados, fazendo jus ao apelido de “Dilma de paletó e gravata” pode ser, para eles, prenúncio de uma tragédia. Lula “amarelou” diante dos líderes de bancada, que exigiram afastamento de Alexandre Padilha alegando que o ministro “não honra compromissos”.
Padilha ao relento
A decisão de ignorar o acordo para não vetar emendas parlamentares foi de Lula, mas ele deixou Padilha na chuva, levando a culpa sozinho.
Me engana que eu gosto
O presidente da Câmara, Arthur Lira, que apoiou os líderes de bancada na fritura, fingiu acreditar que é Padilha quem não honra compromissos.
Entregando a rapadura
Para atender a exigência de afastar Padilha e sinalizar que dará atenção às demandas do Congresso, Lula sacou Rui Costa do bolso do colete.
Jeito tosco de ser
Costa já se indispôs com todos os ministros relevantes, de Flávio Dino a Haddad, e seria habituado a gestos e palavras marcados por grosserias.
Câmara reage a desfile em escola ligada ao crime
O ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida, terá de explicar na Câmara sua participação no desfile da escola de samba Vai Vai, de São Paulo, investigada por ligações a facções criminosas como o “PCC”. Na investigação, a Vai Vai teve um diretor preso. O autor da convocação, deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), lembrou que Almeida é o mesmo ministro que patrocinou a participação da chamada Dama do Tráfico em evento de Brasília, “o mesmo que nada fez contra a morte de policiais”.
Opção pelo crime
Bilynskyj está convencido de que essa “é mais uma demonstração da preferência do governo Lula pelo crime organizado”.
Elogio ao banditismo
Ala da escola Vai Vai retratou policiais como “demônios” e exibiu outros adereços, como mestre sala e a porta-bandeira vestidos de presidiários.
Apoio ao vandalismo
Almeida desfilou com o delinquente que incendiou a escultura de Borba Gato, em uma alegoria que exaltou o crime contra o patrimônio público.
Só para fazer turismo
Lula chegou ao Cairo no dia seguinte à reunião multilateral, para a qual não foi convidado e que discutiu a guerra em Gaza. Sem ter o que fazer e com agenda oficial pobre, Lula e Janja fizeram turismo nas pirâmides.
Dois mínimos
Os salários de deputados federais e senadores aumentaram este mês em mais de R$2,3 mil. Eles agora recebem mais de R$44 mil/mês, mas, a partir de janeiro do ano que vem, terão R$46,3 mil por mês.
Ineditismo
A fuga vexatória e inédita de dois bandidos do presídio de “segurança máxima” em Mossoró pode render a primeira convocação do petista Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça, para depor no parlamento.
Pularam a cerca
Informações preliminares apontavam que simplesmente pularam a cerca, durante o horário de banho de sol, os dois bandidos que fugiram de um presídio federal de “segurança máxima”, pela primeira vez na História.
Lavrov presente
Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, confirmou presença na reunião de chanceleres do G20, no Rio, dias 20 e 21. Já o presidente Vladimir Putin não deve vir à reunião do G20 no fim do ano.
Apropriação indevida
Ana Maria Lima Bittar, 78, aposentada do GDF, descobriu que o GBOEx era destinatário de descontos indevidos em seus proventos com base em contrato sem assinatura. O que valia está cancelado pelo falecido marido desde 2018. Luta agora para o tal fundo de pensão devolver o dinheiro.
Xeretar é feio
Para o novo líder da bancada evangélica da Câmara dos Deputados, Eli Borges (PL-TO), o Supremo Tribunal Federal (STF) “precisa xeretar um pouco menos o Poder Legislativo”.
TV do atraso
Nos EUA, partidos políticos não podem ser donos de canais de TV, rádios etc, como quer o PT no Brasil. Essa coisa atrasada existe na Índia desde os anos 1990, assim como na pequena ilha de Malta.
Pergunta da esfinge
Para que a lorota de “discutir a guerra” se o objetivo era posar para fotos nas pirâmides?
PODER SEM PUDOR
Só por telefone
Benedito Valadares estava no final do último mandato de senador, nos anos 1970, e evitava jornalistas. Certo dia, acabou encurralado em um corredor do Senado. Atônito, pegou o telefone mais próximo e fingiu que falava com alguém. Conversa demorada. Os jornalistas se impacientaram e ele reagiu: “Não têm respeito? Não veem que estou falando com o Carvalho Pinto?” Um jornalista apontou: “Mas o Carvalho Pinto está ali do lado!” Valadares deu uma olhada, viu o colega, mas insistiu na desculpa: “É que eu só falo com ele por telefone…”
(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos)