Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 27 de dezembro de 2024
O Ministério da Saúde afirmou nessa sexta-feira (27), em nota, que atendeu a “todas as solicitações” de imunizantes dos Estados nos últimos meses do ano. “Os estoques de vacinas no País estão abastecidos.”
De acordo com informações divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo em novembro, ao menos 11 Estados e o Distrito Federal registravam falta de algum tipo de vacina. Anteriormente, em setembro, uma pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) apontou que 64,7% dos 2.415 municípios questionados relatavam falta de vacinas.
Na época, confrontado com os dados de levantamento do Estadão, a pasta disse que não havia falta, mas que tinha enfrentado “desafios momentâneos na distribuição de algumas vacinas devido a problemas com fornecedores e produção limitada global”.
Dias depois, a pasta convocou uma coletiva na qual informou que queria diversificar fornecedores de vacinas para evitar falhas no abastecimento de imunizantes no País, e que pretendia criar uma plataforma para monitorar estoques e acompanhar a distribuição de doses em todo território nacional.
Varicela
No comunicado dessa sexta, o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti, garantiu que o abastecimento de todas as vacinas do calendário básico está em 100%, inclusive as injeções contra varicela que sofria com pendências devido a uma escassez mundial de matéria-prima.
“Hoje, contamos com três fornecedores para essa vacina, assegurando a normalização ao longo do primeiro semestre de 2025″, afirmou Gatti. A pasta prometeu normalizar a oferta desta vacina até o início do ano.
Ao atualizar o contexto da imunização, Eder também lembra que o Ministério da Saúde reforçou os estoques para Covid-19 para 2025. De outubro a dezembro de 2024, foram distribuídas 3,7 milhões de doses aos estados, das quais há registro de 503 mil efetivamente aplicadas.
O Ministério da Saúde concluiu recentemente um pregão para a aquisição de até 69 milhões de doses que poderão ser utilizadas em até dois anos. As doses serão entregues de forma gradual, conforme a necessidade, por meio de uma ata de registro de preços, garantindo maior flexibilidade nas entregas e evitando compras excessivas e desperdício de vacinas.
Gatti também ressalta a transparência do processo de distribuição que qualquer pessoa pode acompanhar. “Qualquer cidadão pode acessar o Painel Interativo do Ministério da Saúde e consultar as remessas enviadas do nosso centro de distribuição em Guarulhos, em São Paulo, para os estados. Estamos cumprindo nosso papel de forma transparente e eficiente”, afirma.
Anualmente, são distribuídas cerca de 300 milhões de doses de vacinas para todos os 5.570 municípios brasileiros por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Esse é um processo logístico que exige planejamento detalhado, gestão eficiente e transparente para superar desafios impostos pela extensão territorial e diversidade do país. (Estadão Conteúdo e Ministério da Saúde)