Domingo, 27 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 17 de maio de 2020
A secretária especial da Cultura Regina Duarte fez um post no Instagram em que disse ser “vítima de infodemia”.
“Estou sendo vítima da ‘infodemia’: Matérias tendenciosas, maldosas, venenosas. Mas posso garantir que tudo nessa pandemia vai passar. Em breve vocês poderão ver os resultados da Cultura que quero pro meu país acontecendo, sob minha gestão. Não vou rebater os absurdos lançados contra mim, estou trabalhando muito. E vou mostrar serviço!”, escreveu a atriz e secretária de Bolsonaro na rede social.
A gestão de Regina Duarte tem sido questionada pela classe artística ao mesmo tempo em que ela sofre com falta de apoio no próprio Governo. No início do mês, inclusive, ela foi surpreendida com a recondução de Dante Mantovani à presidência da Funarte – nomeação que logo foi cancelada.
Número 2 exonerado
Um dos primeiros nomeados pela secretária nacional de Cultura do governo federal, Regina Duarte, foi exonerado do cargo na sexta-feira (15).
Edição Extra do “Diário Oficial da União” traz a exoneração de Pedro José Vilar Godoy Horta do cargo de secretário especial adjunto da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Cidadania.
A exoneração foi assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Braga Netto. Ainda não foi escolhido um substituto.
De acordo com a assessoria da Secretaria Especial de Cultura, “está em andamento uma reestruturação interna, motivada por novos projetos e prioridades. Fazem parte desse processo eventuais adequações das equipes e suas lideranças”.
No início de março, Regina Duarte nomeou os primeiros integrantes de sua equipe, entre eles o advogado Pedro Machado Mastrobuono, que assumiu a presidência do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), e Godoy Horta, que passou a chefiar o gabinete dela.
Na ocasião, Regina também nomeou, como secretário de Economia Criativa, o professor de gestão cultural Aldo Luiz Valentim; a chefe da Secretaria de Direitos Autorais e Propriedade Intelectual , Alessandra da Silva Martins; e o chefe da Secretaria de Difusão e Infraestrutura Cultural, Caio Fagundes Kitade.
Procurada, a Secretaria Especial de Cultura informou que “está em andamento uma reestruturação interna, motivada por novos projetos e prioridades,” e que “fazem parte desse processo eventuais adequações das equipes e suas lideranças”.
Regina Duarte vem sendo criticada por suas declarações. Mais de 500 personalidades assinaram um manifesto em repúdio às recentes falas da secretária nacional de Cultura. Entre os signatários, estão os atores Cauã Reymond, Adriana Esteves, Alice Wegmann, Malu Mader e Drica Moraes; os compositores e cantores Caetano Veloso, Arnaldo Antunes, Lulu Santos e Chico Buarque; os diretores Anna Muylaert, Cao Hamburger e Fernando Meirelles; os jornalistas Edney Silvestre e Juca Kfouri; e os apresentadores Fábio Porchat e Gregorio Duvivier.
O grupo criticou a postura de Regina Duarte durante entrevista à CNN Brasil. Quando confrontada sobre o apoio do presidente Jair Bolsonaro à ditadura militar, ela cantou um trecho da música “Para frente, Brasil”, símbolo do período de repressão, e também minimizou o impacto da pandemia da Covid-19.