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Brasil Estudante de medicina debocha de texto sobre estupro e gera revolta nas redes sociais

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À direita, o texto é da artista em que fala sobre o estupro. À esquerda, o texto do estudante debocha da situação. (Foto: Redes sociais/Reprodução)

Um estudante de medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) gerou revolta nas redes sociais após debochar de um texto publicado pela artista e fotógrafa Tracy Figg, na segunda-feira (11). Na versão original, a artista fala sobre estupro e os riscos que as mulheres sofrem na sociedade.

Tracy escreveu o texto após a repercussão do caso da mulher grávida que foi estuprada por um anestesista durante o parto, no Rio de Janeiro (RJ).

O estudante, de 21 anos, usou a própria rede social para comentar na publicação de Tracy, debochando do texto e fazendo piada com o desempenho das mulheres no trânsito. Após o comentário, vários seguidores da artista repudiaram o estudante. “Cê tá de sacanagem, né???”, perguntou uma jovem.

Em resposta aos que reagiram indignados com a situação, o jovem escreveu:

“Fiz um texto satírico justamente pra expor além de ridículo é bem transfóbico. Não existem pessoas com pênis que não são homens? E não existe estupro por parte de mulheres cis? Texto ridículo por texto ridículo, eu prefiro o meu. Tit for tat.”

Ainda nas redes sociais, o estudante afirmou que criou o texto para expor a “generalização ridícula que foi feita no texto original”. A “sátira”, como o jovem diz, foi excluída das redes sociais após os vários comentários rechaçando a atitude.

Repúdio

A Associação Atlética Acadêmica Medicina Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (AAAMUFMS) postou nota de repúdio ao deboche de um estudante do curso sobre um texto que aborda a questão do estupro.

“A AAAMUFMS vem a público manifestar seu repúdio às declarações feitas por um acadêmico do curso de medicina da UFMS que estão circulando nas redes sociais.

Tais declarações ferem nossa política, que busca sempre por igualdade e se opõe a qualquer tipo de misoginia.

Estamos atentos a expressões e atitudes dessa natureza e não toleramos em nenhuma hipótese tais práticas. Medidas já estão sendo tomadas com base no estatuto e normas da entidade”, diz a nota da Associação.

Caso

Um médico anestesista foi preso e autuado em flagrante, na madrugada da última segunda-feira (11), por estupro. Segundo investigadores, Giovanni Quintella Bezerra, 31 anos, abusou de uma paciente enquanto ela estava dopada e fazia uma cesariana no Hospital da Mulher Heloneida Studart em Vilar dos Teles, São João de Meriti, município na Baixada Fluminense.

Funcionários do hospital filmaram o anestesista colocando o pênis na boca de uma paciente quando Giovanni Bezerra participava do parto dela. O médico demonstrou surpresa ao receber voz de prisão e ao tomar conhecimento de que tinha sido gravado abusando da paciente.

O anestesista foi indiciado por estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão. A polícia investiga outros possíveis estupros cometidos pelo médico.

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