Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 31 de maio de 2022
Projeto foi idealizado para auxiliar o diagnóstico precoce do câncer de pele.
Foto: FreepikOs alunos do curso de Medicina da Escola de Saúde da Unisinos, Andressa Goldman Ruwel, Victoria Duarte e Matheus de Jesus, desenvolveram o projeto de uma lente capaz de realizar um pré-diagnóstico do melanoma, um tipo de câncer de pele mais frequente em adultos e que tem origem nos melanócitos. É também o tipo mais grave da doença devido à sua alta probabilidade de provocar metástases, embora possa ter bons prognósticos se detectado em fases iniciais.
Batizada de DPM, sigla para a frase “detecção precoce de melanoma”, a ideia é que a lente funcione acoplada a um celular e, a partir de um aplicativo, busque identificar o “ABCD“ da doença, caracterizado por assimetria, bordas irregulares, cores variadas e um diâmetro maior do que cinco milímetros. O reconhecimento de tais padrões possibilitaria o uso do aparelho por profissionais da saúde para identificar a doença precocemente. “Significa que não precisa ser um dermatologista para usar a lente, pode ser qualquer profissional habilitado. Um estudante de medicina, uma enfermeira, uma técnica de enfermagem. Isso permitiria a muitos profissionais a capacidade de realizar um diagnóstico precoce, não sendo limitada a um médico especialista”, explica Andressa.
O projeto também busca prover autonomia na realização da análise, possibilitando que o próprio paciente utilize o aparelho e descubra se uma lesão é suspeita. Após a descoberta, o aplicativo procura encaminhar o paciente a um médico especializado, onde ocorrerá o diagnóstico definitivo e, caso necessário, o início do tratamento precoce.
Andressa, Victoria e Matheus desenvolveram a ideia da lente inicialmente na disciplina de Gestão e Saúde, do curso de Medicina. Posteriormente, foram apresentados ao Unicred Porto Alegre Health Alliance, um programa de inovação e empreendedorismo na área da saúde, e decidiram se inscrever. Na primeira participação em concursos como esse, o projeto dos estudantes acabou selecionado como um dos 10 melhores da competição.
Após a participação no programa, os alunos criaram a startup Dermatotech, que atualmente assina o projeto. No momento, eles têm uma estrutura de processo totalmente desenvolvida e buscam parcerias para produzir um protótipo da lente. “Nosso próximo passo é ir atrás de investidores, patrocinadores, apoio de parques tecnológicos, para conseguir desenvolver o nosso protótipo”, conta Victoria.