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Estudo da CDL Porto Alegre revela impacto da elevação histórica do Guaíba nos bairros da capital gaúcha

Em maio, Porto Alegre foi atingida pela maior enchente da sua história. (Foto: Gustavo Mansur/Palácio Piratini)

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA) divulgou um estudo que descreve a situação social e econômica dos 46 bairros diretamente afetados pela elevação histórica do Guaíba. Segundo o levantamento, 52,9% da população adulta (18 anos ou mais) desses bairros são mulheres e 47,1% homens. A faixa etária mais representativa é a de 30 a 49 anos (38,6%), seguida pelos idosos (60 anos ou mais), que constituem 31,3% da população total. Os dados foram fornecidos pela Equifax/Boa Vista, parceira de negócios da CDL POA.

Renda e ocupação

A nota técnica da Assessoria Econômica da CDL POA, datada de 23 de maio de 2024, revela que 39,4% da população dos bairros afetados recebe até R$ 2 mil por mês. Entre as ocupações, os administradores lideram com 29.070 pessoas (10%), seguidos pelos auxiliares de escritório com 16.822 pessoas (5,8%) e vendedores de comércio varejista com 11.981 pessoas (4,1%).

“Os trabalhadores ligados ao varejo aparecem de forma significativa. Muitos estabelecimentos permanecem fechados devido aos alagamentos. Mesmo onde a água não danificou a estrutura ou os estoques, várias operações estão paradas devido às restrições de mobilidade dos colaboradores ou proprietários”, explica Oscar Frank, economista-chefe da CDL POA.

Impacto nas empresas

No âmbito das empresas, foram identificados 86.531 CNPJs, representando 33,3% do total da cidade. Desses, 19.803 (22,9%) são Microempreendedores Individuais (MEIs). A maioria das empresas (68,6%) tem receita anual de até R$ 499,99 mil. Os principais setores são condomínios prediais (9,2%), comércio varejista de vestuário e acessórios (3%) e salões de beleza (2,8%).

Reação e reconstrução

O presidente da CDL POA, Irio Piva, destaca a importância desses estudos para a tomada de decisões, especialmente durante o processo de reconstrução. “A informação qualificada e sua interpretação correta são essenciais para direcionar esforços e ajudar a sociedade a se reerguer”, comenta Piva.

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