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Rio Grande do Sul Estudo detalha o sucateamento das ferrovias no Rio Grande do Sul

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Assunto pautou evento com o vice-governador e empresários nessa quarta-feira. (Foto: Kadu Bernardi/Arquivo O Sul)

O panorama sobre as ferrovias no Rio Grande do Sul e o futuro do sistema no Estado foram temas de um painel apresentado pelo vice-governador gaúcho, Gabriel Souza, durante a reunião-almoço “Tá na Mesa” promovida nessa quarta-feira (16) pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul). Ele apresentou dados de um estudo contratado pelo Palácio Piratini e que mostram o sucateamento e a falta de investimentos no modal por parte da concessionária Rumo Logística, que opera a chamada “Malha Sul”.

Gabriel abordou o histórico dos últimos anos da concessão federal, que começou ainda na década de 1990 e se encerra em 2027. O vice-governador apresentou, em números, o potencial de cargas que o Estado possui e a impossibilidade de desenvolvimento econômico no setor devido às más condições das ferrovias:

“Apesar de ser uma concessão federal, o governo do Estado fez questão de encomendar esse levantamento detalhado, segundo o qual um amplo potencial de carga é impedido de avançar no modal ferroviário devido às péssimas condições desse meio de transporte no Rio Grande do Sul. Precisamos entrar com força nesse debate e exigir uma solução rápida da Rumo Logística e do governo federal”.

O painel ainda abordou investimentos necessários para revitalização de trechos atuais, reconstrução após as enchentes e construção de uma variante ferroviária entre Santa Maria e São Gabriel para encurtar o caminho até o Porto do Rio Grande, especialmente para escoamento da safra.

Agravamento

A situação das ferrovias piorou após as enchentes. Dos quase 4 mil quilômetros de trilhos operados pela Rumo, menos da metade funcionava antes da tragédia meteorológica. Após as chuvas, esse trecho diminuiu ainda mais, restando apenas 921 quilômetros em condições de uso.

Dentre os trechos inoperantes, estão 23 quilômetros da Ferrovia do Trigo, onde funciona o Trem dos Vales. Esta é uma importante atração turística da região do Vale do Taquari e que foi cancelada após os estragos, sem previsão de retomada. O tema já havia sido tratado no início do mês na câmara temática sobre ferrovias, promovida pelo Conselho do Plano Rio Grande, presidido pelo próprio vice-governador.

“Separar esse trecho turístico da concessão é uma das nossas prioridades. Queremos que a Rumo deixe de operar nesse trajeto para que possamos destiná-lo a investidores realmente interessados no desenvolvimento do nosso Estado”, esclareceu Gabriel, que já apresentou a proposta à Secretaria Nacional de Transportes Ferroviários.

A baixa velocidade das ferrovias, que hoje opera a 12 km/h, e a redução de quase 50% na movimentação de cargas nos últimos 18 anos também foram abordadas no painel. Gabriel informou que o Grupo de Trabalho criado pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, deverá ter proposta, até junho, sobre o que fazer com a Malha Sul.

Uma nova proposta de modelagem de concessão será debatida para substituir a atual em 2027. “Somos o Estado mais ao sul do país e precisamos ter ferrovias. Nenhum país desenvolvido do mundo teve avanços sem ferrovias”, defendeu Gabriel.

Por fim, o vice-governador também reforçou a importância de qualificar a operação em Cruz Alta, o hub rodoferroviário do Estado e por onde chega grande parte das cargas. O presidente da Frente Parlamentar das Ferrovias, deputado estadual Felipe Camozzato (Novo), também falo sobre o tema durante o encontro.

(Marcello Campos)

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https://www.osul.com.br/estudo-detalha-o-sucateamento-das-ferrovias-no-rio-grande-do-sul/ Estudo detalha o sucateamento das ferrovias no Rio Grande do Sul 2025-04-16
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