Terça-feira, 22 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 28 de outubro de 2015
O Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgou em nota nesta quarta-feira (28) que, em 2014, metade do 23,2 mil cargos de confiança do governo federal estavam ocupados por servidores pertencentes às carreiras dos próprios órgãos, e 30%, por servidores sem vínculo com o serviço público (não concursados e sem estabilidade).
Os 20% restantes englobam servidores de outros setores da administração pública: requisitados de outros órgãos federais, de outros níveis de governo e vinculados às carreiras cujo exercício é descentralizado.
Conforme o Ipea, “7 em cada 10 nomeados para cargos de confiança têm vínculo com o serviço público, sendo que apenas uma pequena proporção provém de requisições feitas a órgãos estaduais e municipais”.
O estudo do Ipea analisou o perfil dos nomeados para cargos DAS (cargos de direção e assessoramento superior), que possuem uma escala de 1 a 6 (veja tabela abaixo). Conforme os dados, pouco menos de 6% dentre os 23.230 cargos de confiança do governo federal (1.349) têm influência ou autorização da presidente da República ou da chefia da Casa Civil para nomeação – são de nível mais alto, 5 e 6.
Segundo o Ipea, “disputas políticas para influir na definição dos nomeados não se limitam aos dois níveis superiores (5 e 6, que representam 6%), mas é irreal considerar que se estendam ao universo dos 23 mil cargos”.