Terça-feira, 07 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de maio de 2023
Em 2016, Rita Lee escreveu uma autobiografia intitulada “Rita Lee – Uma Autobiografia” em que contou uma série de fatos polêmicos de sua vida. Revelações como aborto, internações por uso de drogas e uma violência sexual que sofreu aos seis anos de idade não ficaram de fora da obra. Elogiadíssimo, o livro concorreu ao Prêmio Jabuti de melhor biografia.
A artista, que morreu nessa segunda-feira (8), aos 75 anos, vítima de câncer, preparou um outro livro que será lançado em 22 de maio – a “Outra autobiografia”. Ainda na pré-venda, a obra alcançou o topo da lista de mais vendidos da Amazon e aborda os últimos três anos – da pandemia ao diagnóstico de câncer.
Relembre pontos marcantes de “Rita Lee – Uma Autobiografia”
Estupro aos seis anos: A mãe de Rita Lee precisou chamar um técnico para consertar uma máquina de costura. Em dado momento, ela precisou sair da sala e deixou Rita com o homem e quando voltou encontrou a futura rainha do rock com o cabo de uma chave de fenda enfiada no fundo da vagina.
Aborto: Rita teve três filhos e optou por um aborto. Na época, escreveu: “Aborto não é uma mutilação no corpo da mulher. (…) Parir e abandonar o bebezinho numa lata de lixo é criminoso. Parir e pôr para adoção é irresponsavelmente confortável. Parir e criar em condições sub-humanas é indigno.”
Drogas: Rita não se acanhou em falar da sua relação com as drogas, chegando a ser internada pelo uso de entorpecentes. No livro, ela conta sobre um dia que desembarcou no aeroporto de São Paulo com um colar feito de pedrinhas de LSD. Ela acabou consumindo muitas delas. “Quando o psicodélico batia transformando a existência num caleidoscópio de consciência infinita, o ego despertava do mundo da ilusão dando de cara com o realismo fantástico do Higher Self, onde um mero grão de areia te explicava o universo. E você lá de alegre só sendo Deus. Aliás, desde que me decepcionei com religiões não sentia a presença do Divino tão acachapante. LSD não é para maricas materialistas”, escreveu.
Sexo: Rita comparou em seu livro sua vida sexual com Roberto de Carvalho como a de dois coelhos. Contou que a graça era transar em locais inusitados, “de banheiros de avião a praias desertas, de banheiras de espuma a escadas de incêndio, de elevadores de serviço a camarins de shows”. Baseados nas experiências, fizeram o disco Lança perfume, “a consagração total das nossas parcerias, cada vez mais autobiográficas. Éramos crème de la crème para voyeurs auditivos”.