Domingo, 09 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de maio de 2019
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que exagerou ao chamar de “idiotas úteis” manifestantes que foram às ruas no dia 15 deste mês para protestar contra cortes de verbas para a educação. Na ocasião, Bolsonaro também afirmou que os estudantes são “massa de manobra”, manipulados por uma minoria que comanda as universidades federais.
“Eu exagerei, concordo, exagerei. O certo são inocentes úteis. São garotos inocentes, nem sabiam o que estavam fazendo lá. Na teoria, usa-se a inocência das pessoas para atingir o objetivo. Uma vez atingido, as primeiras vítimas são exatamente essas pessoas. Então, a garotada foi na rua contra corte na educação. Não houve corte, houve contingenciamento. Eu deixei de gastar, não tirei dinheiro. Segurei aproximadamente 3,6% do montante, que seria 30% de 12% das despesas discricionárias, e a molecada foi usada por professores inescrupulosos para fazer fazer manifestação política contra o governo”, disse Bolsonaro em entrevista no domingo (26).
Ele voltou a afirmar que os estudantes foram usados por professores: “Nós sabemos que a juventude tem um peso muito grande nessas manifestações. Agora, me desculpem, mas foram usados por esses professores. A minoria não tem o compromisso de fazer com que esses jovens sejam, lá na frente, bons profissionais, bons empregados ou bons patrões”.
Rodrigo Maia
Bolsonaro defendeu o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, criticado por seus apoiadores nos atos pró-governo de domingo (26). Segundo ele, tanto Maia quanto o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, querem tocar adiante propostas como a reforma da Previdência e o pacote anticrime apresentado pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro. Porém, alegam que algumas lideranças pensam de maneira contrária.
Especificamente sobre Rodrigo Maia, Bolsonaro afirmou: “Temos conversado, não com a frequência que nós queremos, mas vai indo bem. O Rodrigo Maia é uma pessoa diferente de mim. O que eu falo, os ministros cumprem aquele objetivo, mas ele não tem esse poder dentro da Câmara, porque cada partido tem uma direção. Ele é uma pessoa importante e acredito que esteja fazendo a sua parte dentro da Câmara. Vou conversar com o Rodrigo Maia durante a semana novamente, bem como o Davi Alcolumbre e com o Dias Tofolli, para fazermos um pacto entre nós pelo Brasil”.
“Estamos em harmonia, mas acho que falta a gente conversar um pouco mais, e a culpa é minha também, para que coloquemos na mesa o que temos que aprovar, e também revogar, porque tem muita legislação que atrapalha o crescimento do Brasil”, declarou Bolsonaro.