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Olimpíada Paris 2024: “Eu realmente queria o ouro e estou orgulhosa”, diz a ginasta Rebeca Andrade

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A atleta já tem seis medalhas olímpicas.

Foto: Alexandre Loureiro/COB
A Olimpíada de Paris chegou ao fim em agosto, deixando em todos nós um sentimento de orgulho e emoção. (Foto: Alexandre Loureiro/COB)

Rebeca Andrade tornou-se a atleta olímpica mais condecorada da história do Brasil nos Jogos Olímpicos. Na edição da Olimpíada de Paris, a ginasta paulista de 25 anos ajudou o País a conquistar sua primeira medalha olímpica na ginástica por equipes, um bronze, e também alcançou a prata no individual geral e no salto e o ouro no solo, superando a favorita, a americana Simone Biles.

“Eu queria muito uma medalha de ouro. Estava lutando muito para que isso acontecesse”, disse Rebeca a repórteres nessa quarta-feira (7).

“Eu queria muito fazer o hino nacional brasileiro tocar mais uma vez em uma Olimpíada. Fiquei muito orgulhosa de mim mesma, não foi uma Olimpíada fácil.”

Depois de vencer Biles no solo, a ginasta norte-americana e sua compatriota Jordan Chiles, medalha de bronze, fizeram uma reverência a Rebeca no pódio, um momento que Rebeca considera muito importante.

“A parte mais importante (da competição) é o apoio que damos umas às outras, o quanto queremos que a outra pessoa se saia bem, cresça e ocupe o centro do palco. E isso foi sensacional, foi ótimo”, disse ela.

Rebeca, Biles e Chiles formaram o primeiro pódio só de mulheres negras na história da ginástica olímpica, o que trouxe um sentimento de orgulho para as atletas.

“Ser uma mulher negra no Brasil é algo de que me orgulho muito, e acho que as pessoas também se orgulham disso, independentemente dos meus resultados.”

“Nunca passei por um momento ruim no esporte em relação à minha cor, mas meus irmãos passaram por isso e acho que isso dói ainda mais do que se tivesse acontecido comigo.”

Rebeca, que já tem seis medalhas olímpicas, credita ao seu forte vínculo familiar o fato de tê-la moldado na ginasta e na pessoa que ela se tornou.

“Tenho toda a minha família como meu maior ponto de referência na vida, como ser humano e por tudo o que sou hoje”, disse ela. “Então é isso. Você tem que elevar o nível e estar lá, e as pessoas verão que estamos lá.”

Ela está satisfeita com o fato de que mais financiamento e apoio estão sendo destinados aos atletas no Brasil.

“Estou muito feliz que mais pessoas estejam sendo ajudadas”, disse ela. “Elas poderão mostrar sua capacidade em seus esportes e continuarão a iluminar nossas vidas, nossas televisões e as suas também.”

 

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