Quinta-feira, 28 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 16 de agosto de 2024
Os países exigiram uma verificação imparcial e independente dos resultados apresentados pelo CNE venezuelano.
Foto: ReproduçãoUm grupo com Estados Unidos, União Europeia e mais 21 países publicou nesta sexta-feira (16) uma declaração conjunta para pedir a divulgação das atas eleitorais pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano. A declaração conjunta é mais uma tentativa de pressionar o governo Maduro no impasse vivido pela Venezuela após a eleição.
Veja os países que assinaram a declaração:
Argentina;
Canadá;
Chile;
República Checa;
Costa Rica;
Equador;
Espanha;
Estados Unidos;
Guatemala;
Guiana;
Itália;
Marrocos;
Holanda;
Reino Unido;
Panamá;
Paraguai;
Peru;
Portugal;
República Dominicana;
Suriname;
Uruguai;
União Europeia.
Os países exigiram uma verificação imparcial e independente dos resultados apresentados pelo CNE, alinhado a Maduro. A Suprema Corte venezuelana, também alinhada ao governo, está fazendo uma auditoria da eleição. A prática, no entanto, é considerada uma tentativa do presidente de dar um verniz legal ao resultado.
O presidente Nicolás Maduro foi declarado pelo CNE como vencedor da eleição da Venezuela no final de julho com 51,95% dos votos, contra 43,18% do candidato de oposição Edmundo González, com 96,87% das atas apuradas. A eleição aconteceu em 28 de julho e até esta sexta (16) as atas eleitorais não foram divulgadas e nem submetidas a verificação, o que levantou questões sobre a transparência do pleito.
Desde a eleição, a oposição e a comunidade internacional contestam o resultado e exigem a publicação das atas. A oposição também reivindica a vitória na disputa: segundo contagem realizada com cerca de 80% das atas eleitorais, o candidato Edmundo González foi o vencedor da disputa com 67% dos votos, contra 30% de Maduro. Alguns países como os EUA e a União Europeia já anunciaram que consideram González como vencedor da eleição.
A declaração, assinada em Santo Domingo, capital da República Dominicana, destaca a importância de respeitar os direitos democráticos, incluindo a liberdade de expressão e o direito de se manifestar pacificamente.
Os países signatários também expressaram profunda preocupação com a repressão policial pós-eleitoral às manifestações contra o governo, a violência que resultou em mortes e as detenções arbitrárias, e pediram o fim da repressão e a libertação de manifestantes e políticos de oposição.