Os ministros de Economia e Finanças da zona do euro (Eurogrupo) iniciaram neste sábado (11) uma reunião extraordinária com a intenção de avançar nas negociações com a Grécia sobre o pagamento da dívida do país, mas reconheceram as dificuldades no debate.
Sob a presidência do holandês Jeroen Dijsselbloem, o fórum começou às 10h30min (horário de Brasília), a analisar o plano de reformas solicitado pelo governo do primeiro-ministro grego Alexis Tsipras para que a Grécia receba um novo resgate – o terceiro – por um período de três anos e por um valor de cerca de 50 bilhões de euros.
As últimas propostas do governo grego estão longe de serem suficientes para a concessão de um terceiro pacote de ajuda financeira a Atenas, disse neste sábado (11) o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, em Bruxelas, de acordo com informações da agência de notícias Reuters.
Na chegada à reunião do Eurogrupo para discutir a respeito das últimas propostas de reformas formuladas pelos gregos, e na qual os credores – Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional – irão decidir o que fazer, Wolfgang Schäuble não escondeu sua desconfiança em relação a Tsipras.
“A confiança foi destruída de uma maneira inacreditável nos últimos meses”, disse o ministro alemão, acrescentando que não poderia “confiar em promessas” para aceitar continuar a ajudar a Grécia.
Ele disse que, no formato atual, as propostas de reformas de Tsipras ficaram “longe de suficientes” para convencer os credores a conceder um terceiro plano de ajuda à Grécia.
Segundo a France Presse, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, também destacou neste sábado que as negociações com a Grécia para conceder um novo resgate serão “difíceis” pela falta de confiança, ao considerar que as reformas apresentadas por Atenas “não são suficientes”. (AG)