Os ministros da economia do Eurogrupo se reúnem neste sábado (11) para analisar uma nova proposta da Grécia para receber ajuda financeira. O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, afirmou na sexta-feira (10) que uma “grande decisão” pode ser tomada pelo grupo nesta sessão emergencial.
Faltando poucas horas para o fim do prazo determinado pela Comissão Europeia, o governo grego entregou, na quinta-feira (09), as propostas detalhadas de reforma para receber ajuda financeira dos europeus. Falando antes de se reunir com o governo holandês, Dijsselbloem, que chefia o grupo de ministros das Finanças da zona do euro, recusou-se a dar mais detalhes, mas disse que o último documento é “um texto detalhado”.
Na sexta-feira (10), o parlamento grego aprovou a proposta enviada pelo governo de Alexis Tsipras aos credores. Antes, milhares de manifestantes protestaram em frente ao parlamento da Grécia, em Atenas, contra a aprovação do plano. Do lado de dentro também houve protestos, com parlamentares exibindo cartazes com a palavra “oxi”, que quer dizer “não” em grego.
Antes da votação, o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, fez um discurso pedindo a aprovação do plano apresentado ao Eurogrupo. O apelo foi atendido. Com 251 votos a favor e 32 contra, os parlamentares aprovaram o pacote de medidas.
As propostas
O conteúdo da proposta não foi divulgado oficialmente. De acordo com a Reuters, no entanto, o governo grego pede 53,5 bilhões de euros para cumprir obrigações até o final de junho de 2018. Em contrapartida, se comprometeu a cumprir uma meta de superávit primário de 1% este ano, e de 2% em 2016. Os impostos sobre restaurantes seriam elevados para 13%, enquanto hotéis teriam alíquota de 13%.
A proposta prevê ainda elevação dos impostos para empresas; fim dos benefícios tarifários para as ilhas até o final de 2016; fim de alguns benefícios previdenciários até o fim de 2019; alta de impostos para empresas de transportes marítimos; e criação de uma tarifação sobre a publicidade na televisão. (AG)