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| Evento na Federasul reúne cinco ex-governadores gaúchos para debaterem a recuperação do RS

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"Tá na Mesa" contou com as presenças de Jair Soares, Pedro Simon, Germano Rigotto, Yeda Crusius e José Ivo Sartori. (Foto: Divulgação/Federasul)

Em mais uma edição de sua reunião-almoço “Tá na Mesa”, em Porto Alegre, a Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande Sul (Federasul) recebeu nessa quarta-feira (3) cinco ex-governadores para discutir a reconstrução do Estado após as enchentes de maio. Participaram Jair Soares (1983-1987), Pedro Simon (1987-1990), Germano Rigotto (2003-2007), Yeda Crusius (2007-2011) e José Ivo Sartori (2015-2019).

Um dos pontos em comum entre os diferentes discursos foi a visão de que o êxito do processo de retomada de atividades em um cenário impactado pela pior catástrofe da história gaúcha passa, obrigatoriamente, por deixar de lado diferenças ideológicas. Os ex-mandatários também defenderam a necessidade de que o governo federal forneça as respostas financeiras de que o Estado precisa.

Ao destacar a riqueza das experiências políticas e administrativas compartilhadas pelas cinco personalidades presentes ao evento, o presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa, enalteceu a sintonia do grupo em um momento histórico como o atual: “Trata-se de mais uma iniciativa da entidade na luta pelo resgate do Estado e pelo bem de todos os gaúchos. Acima de tudo está o futuro, e essa convergência é fundamental”.

Na avaliação dos ex-governadores, uma das questões prioritárias é a dívida do Estado com a União. Eles entendem que a simples suspensão dos pagamentos não resolve a situação e que é preciso mostrar que tal pendência já foi quitada.

Também defenderam que chegou a hora de o Palácio do Planalto priorizar o Rio Grande do Sul que – cumprindo determinação prevista no “Pacto Federativo”, repassa ao governo federal R$ 108 bilhões em impostos a cada ano, recebendo de volta cerca de R$ 45 bilhões. “Não estamos pedindo esmola, temos uma história de respeito”, frisou Pedro Simon.

Jair

Jair Soares agradeceu a iniciativa da Federasul de ouvir o grupo: “Estamos dispostos a ajudar, é um desperdício não usar a experiência de ex-governadores. A realidade é triste, mas precisa ser enfrentada. Precisamos resolver os problemas, especialmente a volta das operações de nosso principal aeroporto. Só vamos conseguir se estivermos unidos”.

Simon

Pedro Simon considerou a decisão do governo federal de nomear um ministro para cuidar dos assuntos do Rio Grande após a tragédia como algo “muito aquém das necessidades do Estado, que vive um drama”. Lembrou, ainda, que muitos gaúchos são responsáveis pelo desenvolvimento de outras regiões do País:

“É impressionante o número de gaúchos que levaram o progresso para outras partes do país, afirmou ao acrescentar que chegou a hora de nos reerguermos, precisamos nos unir e exigir investimentos federais”, declarou o ex-governador.

Rigotto

Germano Rigotto defendeu a necessidade de ações efetivas por parte do governo federal, destacando a reabertura do Aeroporto Salgado Filho, cuja paralisação causa prejuízos imensos. Também definiu como urgente a construção de moradias para famílias desabrigadas e argumentou sobre a importância de uma pauta única e clara, apontando prioridades como recuperação da infraestrutura e concessão de mais recursos a fundo perdido para empresas.

Yeda

Yeda Crusius lamentou a lentidão, as amarras e os interesses que dificultam a liberação de recursos da União para socorrer o Estado. Lembrou que o RS é um Estado produtivo e que tem capital humano único: “Nos deixem trabalhar. A dívida com a União não é moralmente aceitável. O momento é de criar convergência, não conflitos”.

Sartori

José Ivo Sartori elogiou a mobilização e a humanidade dos gaúchos que foram solidários aos atingidos pelas cheias e lembrou que a Constituição Federal atribui à União responsabilidade de liberar recursos para socorrer Estados e municípios atingidos por calamidades. Também compartilhou sua preocupação com o que considera “alto grau de divergência e partidarização que tomou conta da reconstrução do Estado”.

(Marcello Campos)

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