Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 28 de janeiro de 2024
O sábado (27) marcou os 79 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia. A data foi escolhida pela ONU como o dia internacional em memória das vítimas dos horrores do Holocausto. Seis milhões de judeus, além de ciganos e outras minorias foram assassinados pelo regime nazista e seus aliados, durante a Segunda Guerra Mundial.
Em Auschwitz, uma cerimônia contou com a presença de sobreviventes. Bernard Offen, de 94 anos, é umas vítimas que sobreviveram. “Me dói que tal coisa esteja acontecendo hoje. O Holocausto aconteceu por causa do ódio aos outros, especialmente aos judeus. Estamos em uma época muito perigosa neste planeta.” disse ele.
Mais de 300 manifestações para lembrar as vítimas estavam previstas de acontecer nesse final de semana. Na Polônia, desde 1998 é organizada a “Marcha dos Sobreviventes” de Auschwitz a Birkenau. Mais de um milhão de pessoas, a maioria judeus, morreram neste campo entre 1940 e 1945.
Minuto de silêncio
Em Nova York foi respeitado um minuto de silêncio durante a reunião da ONU.
A chefe do escritório norte-americano de combate ao antissemitismo, Deborah Lipstadt, disse que o Holocausto é um testemunho dos perigos do preconceito, da descriminação e da desumanização. Serve como um forte lembrete das consequências catastróficas do ódio desenfreado.
O Secretário-Geral das Nações Unidas António Guterres alertou que o mundo está testemunhando como o ódio está se espalhando a um ritmo alarmante e lembrou que a data de é ainda mais importante depois do ataque brutal do Hamas em outubro.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, escreveu em sua conta na rede social X (antigo twitter) que, “no dia em Memória do Holocausto, nós lembramos das vítimas e pronunciamos seus nomes em voz alta”. Ela afirmou ainda que os atos antissemitas estão aumentando “de forma alarmante” e que “é nosso dever proteger e fazer prosperar a vida judaica na Europa”.
O chanceler alemão Olaf Scholz se manifestou ao dizer “nunca mais à exclusão social e à privação de direitos, à ideologia racista, à desumanização e à ditadura”. Em sua conta no X, ele escreveu que “nosso ‘nunca mais’ tem milhões de vozes e a nossa democracia milhões de rostos”.
O presidente da França, Emmanuel Macron, também se pronunciou. “Há 79 anos, o campo de extermínio de Auschwitz foi libertado. A humanidade estava finalmente perfurando as trevas do nazismo. Na memória eterna dos milhões de vítimas da Shoah (palavra hebraica para ‘catástrofe’), lembremo-nos que o antissemitismo e o ódio conduzem às piores atrocidades”, escreveu.
Já o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, compartilhou uma foto sua ao lado da sobrevivente de Auschwitz Lily Ebert, que comemorou recentemente seu aniversário de 100 anos. “Temos o dever de recordar os crimes horríveis do Holocausto. É por isso que conhecer sobreviventes como Lily Ebert é tão importante. Lily comemorou recentemente seu 100º aniversário. Por favor, reserve um tempo para ouvir sua história nas suas próprias palavras”, falou.