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Ex-comandante da Marinha no governo Bolsonaro diz que a Polícia Federal apreendeu telefone e papéis em sua casa

O ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos confirmou em mensagem a amigos que teve o telefone celular e papéis apreendidos. (Foto: Reprodução)

Um dos mais de 40 alvos da operação da Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (8), o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos confirmou em mensagem a amigos que teve o telefone celular e papéis apreendidos.

O almirante afirma que estava sozinho em casa quando as equipes chegaram. E diz que os papéis recolhidos diziam respeito a “projetos” dele na iniciativa privada.

“Prezados amigos, participo que face a situação política de nosso País, fui acordado em minha casa hoje, as 6h15m da manhã, pela Polícia Federal. Estando acompanhado apenas do Espírito Santo, em virtude de viagem da minha esposa”, diz o texto.

“Levaram meu telefone e papéis de projetos que venho buscando atuar na iniciativa privada. Peço a todos que orem pelo Brasil e por mim. Continuamos juntos na fé, buscando sempre fazer o que é certo, em nome de Jesus”, prossegue.

O que diz a Marinha
Em nota, a Marinha do Brasil informou que não se manifesta sobre processos investigatórios em curso, sob sigilo, no âmbito do Poder Judiciário.

Acrescentou que consiste da sua missão “reafirma que pauta sua conduta pela fiel observância da legislação, valores éticos e transparência”.

Pepita de ouro
A PF encontrou uma pepita de ouro entre os pertences do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, durante a operação de busca e apreensão. Essa pepita foi submetida a uma análise. E a conclusão foi de que esse fragmento de ouro é oriundo de atividade de garimpo ilegal.

Costa Neto foi preso durante essa operação, mas por outro motivo. Policiais encontraram uma arma de fogo sem documentação regularizada. A princípio, ele seria apenas alvo de mandados de busca e apreensão. No entanto, durante as ações, o presidente do PL foi flagrado portando ilegalmente uma arma, o que justificou sua prisão.

A ação da Polícia Federal na residência de Costa Neto ocorreu no âmbito da Operação Tempus Veritatis, que investiga uma organização criminosa que teria atuado na tentativa de golpe de Estado no dia 8 de janeiro de 2023.

O ex-presidente Jair Bolsonaro é um dos alvos da operação. Entre os investigados estão ainda o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, o ex-ministro da Casa Civil general Walter Souza Braga Netto e o ex-ministro da Defesa general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Foram presos: Rafael Martins de Oliveira, Valdemar Costa Neto, presidente do PL, Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens e Filipe Martins, ex-assessor internacional do governo Bolsonaro.

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