Sexta-feira, 14 de março de 2025
Por Redação O Sul | 17 de julho de 2015
Os advogados de Renato Duque, ex-diretor da Área de Serviços da Petrobras, pediram nessa sexta-feira ao juiz Sérgio Moro acareação entre delatores da Operação Lava-Jato. A defesa pede duas acareações: a do ex-gerente da Petrobras Pedro B arusco com o empresário Augusto Mendonça Neto, e a do empresário com Júlio Camargo.
Os advogados argumentam que os extratos telefônicos apresentados por Mendonça não mostram se de fato as ligações foram atendidas ou simplesmente caíram na caixa postal. Pedem ainda que a Petrobras apresente as datas em que pagou pelas obras para que sejam relacionadas com os depósitos que o delator afirma terem sido feitos a título de propina.
Afirmam também que os extratos de telefonemas que comprovariam contato com a gráfica Atitude, a quem Mendonça Neto afirma ter depositado 2,4 milhões de reais a pedido de João Vaccari Neto, então tesoureiro do PT, são de ligações posteriores ao fechamento do contrato, o que indicaria que não houve pedido prévio. Os representantes protestam também o fato de o advogado de Mendonça Neto, réu no processo, surgir também como defensor de Pedro Barusco, que depôs na condição de testemunha.
Duque e João Vaccari Neto ficaram em silêncio durante audiência com o juiz Moro em Curitiba (PR). O advogado de Duque, Alexandre Lopes, afirmou que seu cliente não falou por estratégia da defesa. (AG)