Quarta-feira, 16 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 15 de abril de 2025
O servidor público trabalhava na Perg (Penitenciária Estadual de Rio Grande)
Foto: MP/DivulgaçãoUm ex-diretor da Perg (Penitenciária Estadual de Rio Grande), no Litoral Sul gaúcho, foi condenado a 25 anos, quatro meses e sete dias de prisão por corrupção ativa e passiva e lavagem de capitais. Segundo a denúncia do MP (Ministério Público), ele facilitava o ingresso de celulares, drogas e dinheiro para dentro da casa prisional.
A sentença da 2ª Vara Estadual de Processo e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro também determinou a perda de bens no valor de R$ 1,3 milhão, confisco alargado de bens, perda definitiva do cargo público e interdição para o exercício de cargo ou função pública de qualquer natureza pelo dobro do prazo da condenação.
No mesmo processo, de acordo com informações divulgadas na segunda-feira (14) pelo MP, dois apenados também foram condenados a 13 anos, nove meses e 28 dias e 12 anos, um mês e cinco dias, respectivamente.
As condenações do trio são resultado das investigações da Operação PERG 2, realizada em julho de 2023 e coordenada pelo promotor de Justiça Rogério Meirelles Caldas. Os investigados – entre eles, o ex-diretor da penitenciária, que chegou a ser preso na ação – facilitavam o ingresso de celulares, drogas e dinheiro na cadeia. O grupo era um braço de uma facção que dominava o comércio de botijões de gás em Rio Grande. O policial penal tinha papel de extrema importância dentro da organização, com delitos praticados entre maio de 2021 e fevereiro de 2023.
Nesse período, o ex-diretor recebeu mais de R$ 458 mil para permitir o ingresso de materiais ilícitos na penitenciária, e os apenados investigados lucraram quase R$ 4 milhões com o tráfico de drogas dentro do estabelecimento prisional.
Entre dezembro de 2018 e fevereiro de 2023, o ex-diretor da PERG movimentou em suas contas bancárias mais de R$ 7 milhões, o que é completamente incompatível com sua condição de servidor público e sem outra fonte de renda lícita declarada. O nome do homem não foi divulgado pelo MP.