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Ex-espião acusa governo de Cristina Kirchner de assassinar promotor

Segundo indica o juiz em sua decisão, Cristina, em seu caráter de presidente, "teria prejudicado os interesses confiantes ao violar seu dever de administrar e cuidar fielmente dos bens do Estado nacional que estavam sob a órbita da sua responsabilidade".(Foto: Reprodução)

Ele era um dos homens mais procurados da Argentina e foi encontrado por uma jornalista do La Nación em um café do bairro de Belgrano, em Buenos Aires, onde aceitou conceder uma entrevista que sacudiu a política local na segunda-feira. O ex-agente de Inteligência Jaime Stiuso assegurou que o governo da então presidente Cristina Kirchner “mandou matar” o promotor Alberto Nisman – que a denunciou por um suposto pacto com o Irã para acobertar funcionários iranianos suspeitos de participação no atentado à Associação Mutual Israelita Argentina, em 1994. Segundo ele, todos os governos kirchneristas “tiveram um serviço de Inteligência paralelo”.

Stiuso, que fugiu do país pouco depois da morte de Nisman, em janeiro de 2015, assegurou que o ex-chefe de gabinete Aníbal Fernández e Cristina queriam que ele retornasse à Argentina “para me assassinar”. “Estive nos Estados Unidos asilado, por todas as ameaças que recebi, tanto eu como minha família. Ameaças de morte por parte do anterior governo”, disse o ex-diretor de Contrainteligência da extinta Secretaria de Inteligência do Estado ao La Nación. Stiuso confirmou ter retornado ao país em fevereiro e disse estar disposto a colaborar com a Justiça. Para ele, “em algum momento” a morte de Nisman será esclarecida. (Janaína Figueiredo/AG)

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