Terça-feira, 22 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 24 de agosto de 2020
O ex-goleiro do Flamengo e campeão mundial com a seleção da Argentina em 1978, Ubaldo Fillol, de 70 anos, denunciou em sua conta no Instagram que tem recebido ameaças de morte.
“Tenho recebido ameaças de morte pelo celular há alguns dias. Pela minha segurança e a da minha família, fiz a denúncia, seguindo o conselho do meu advogado, Gregorio Dalbón”, afirmou o ex-goleiro em sua rede social.
A pessoa já foi identificada pela polícia e está sendo investigada. O argentino agradeceu pelo apoio que tem recebido nas redes sociais.
Além dos clubes argentinos, Fillol jogou no Atlético de Madrid e no Flamengo nos anos 1980. No Rubro-Negro, ele ficou uma temporada e conquistou a Taça Guanabarae, 1984, e Taça Rio, em 1985.
Ubaldo Matildo Fillol empilhou títulos com a camisa do River Plate. Foi a era mais vitoriosa da carreira do “Pato”, como era chamado carinhosamente. Desembarcou no Monumental de Núñez em 1973 e deixou o clube em 1983 com sete títulos. Marcou época nos millonarios.
Aos 14 anos, o adolescente trabalhava em um restaurante na cidade em que nasceu, São Miguel do Monte. O dono do estabelecimento o apresentou a um jogador que passava por lá. O cliente prestou atenção nas mãos do garçom e profetizou: “Vai ser goleiro”, disse o ex-meia ítalo-argentino Renato Cesarini, que fazia uma refeição no local. Fillol seguiu trabalhando.
Apesar de ter ignorado Cesarini no restaurante, Fillol virou goleiro, sim. Começou a carreira no Quilmes, passou pelo Racing e chegou ao River Plate em 1973. Era a realização de um sonho familiar. Fillol é torcedor do River Plate. Herança do pai.
Fillol era treinado no Racing por Ángel Labruna quando recebeu convite do River Plate. Conta a lenda que Labruna teria ameaçado acabar com Fillol se ele fosse para outro clube que não fosse o River. Nem precisou intimidá-lo. O goleiro seguiu para os millonarios.
Reserva na Copa da Alemanha em 1974, Fillol retornou ao River Plate pilhado para mostrar serviço vislumbrando o Mundial de 1978. Ganhou força com o retorno do fã Labruna ao clube. Amado pela torcida do River Plate, Fillol passou a ser idolatrado ao ajudar a Argentina a conquistar, em casa, no Monumental de Núñez, o primeiro dos dois títulos na Copa do Mundo.
O goleiro deixou o River Plate para defender o Argentinos Juniors. No ano seguinte, foi comprado pelo Flamengo por US$ 125 mil, dizem os jornais da época. Chegou com três copas no currículo (1974, 1978 e 1982) com a missão de assumir a posição de Raul Plassman num momento de mudanças no clube carioca.
Zico havia embarcado para defender a Udinese. Tricampeão brasileiros em 1983 contra o Santos, o time passava por transformações para a temporada de 1984. Fillol virou titular. Disputou a Libertadores de 1984. Ganhou a Taça Guanabara, primeiro turno do Carioca.
Segundo o almanaque do Flamengo, Fillol disputou 71 jogos com o “manto sagrado”. Venceu 40, empatou 20 e perdeu 11. As informações são do jornal Extra e do blog de Marcos Paulo Lima, do jornal Correio Braziliense.