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Política Ex-governadores custam mais de R$ 12 milhões por ano aos Estados

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Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, que paga pensão a nove ex-governadores

Foto: Felipe Dalla Valle/Governo do Rio Grande do Sul

Os governos estaduais gastam ao menos R$ 12,2 milhões por ano para pagar pensão a ex-governadores ou às respectivas viúvas. É o que mostra um levantamento feito pela CNN junto aos Estados e ao Distrito Federal.

O pagamento é feito em 15 unidades da federação, amparado por leis locais. É o caso do Rio Grande do Sul, onde nove ex-governadores e quatro viúvas têm o direito de receber R$ 39,717,69 por mês.

Na lista de beneficiários, estão os ex-mandatários Jair Soares, Pedro Simon, Alceu Collares, Antonio Britto, Olívio Dutra, Germano Rigotto, Yeda Crusius, Tarso Genro e José Ivo Sartori.

Em 2021, uma lei sancionada no Rio Grande do Sul extinguiu a pensão vitalícia para os ex-chefes do Executivo. “A norma não alterou pensões já concedidas. Por isso, nove ex-governadores e quatro viúvas seguem recebendo a pensão”, informou o governo em nota.

PGR tem questionado leis estaduais

A PGR (Procuradoria-Geral da República) tem atuado por meio de ações no STF (Supremo Tribunal Federal) questionando o benefício concedido em vários estados.

A inconstitucionalidade de leis locais já é considerada pacificada entre os ministros do STF. Normas estaduais prevendo o benefício foram sendo derrubadas nos últimos anos pela Corte, especialmente após o julgamento de ações diretas de inconstitucionalidade propostas pela OAB (Ordem dos Advogados) do Paraná.

O efeito prático, porém, ainda gera controvérsia quanto à continuidade ou não do pagamento dos que já recebiam os valores antes de a corte considerar ilegal.

Recentemente, a ex-governadora do Paraná Cida Borghetti, que ocupou o cargo por oito meses entre abril e o fim de dezembro de 2018, apelou ao STF para ter garantida a aposentadoria vitalícia recebida pelos ex-governadores do estado.

A chamada “verba de representação” a ex-ocupantes do cargo é igual ao salário de um desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná, atualmente de cerca de R$ 40 mil. Ao STF, os advogados de Cida Borghetti alegaram que, ao barrar sua aposentadoria, o governo estadual desrespeitou decisões anteriores do Supremo sobre o assunto.

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