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Variedades Ex-governanta nega furto e relata rotina de humilhação na casa de Caetano e Paula Lavigne

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Edna trabalhava na casa de Paula Lavigne e Caetano Veloso. (Foto: Reprodução Instagram)

Edna Santos está processando a ex-patroa Paula Lavigne, esposa do cantor Caetano Veloso. Ela negou as acusações de furto e definiu como “humilhantes” os 22 anos que trabalhou ao lado de Paula. Edna foi demitida por justa causa por “quebra de confiança”.

Ela conta que começou a trabalhar na casa de Paula como arrumadeira e, com o passar dos anos, se tornou governanta. Em 2020, Edna foi contratada pela produtora do casal, mas continuou com funções voltadas para a casa e vida de Paula e Caetano.

Conforme Edna, foram muitos anos de dedicação, mas que ela não era reconhecida por “Dona Paula”. Segundo a ex-funcionária, Paula “é uma pessoa muito temperamental”. “Ela oscilava muito. Eu escutava das pessoas que sem mim a casa não funcionava, mas no dia a dia com ela era bem difícil, então eu me questionava. Eu falava com ela que não precisava ser tão áspera e tão dura para que eu a reconhecesse como patroa. Mas ela me humilhava”, relatou .

Ainda segundo Edna, Paula falava do seu corpo de modo depreciativo, do tamanho do cabelo, unhas e cílios e lançava xingamentos para se referir a ela. Também disse ouvir constantemente que era “incompetente” e que teria desconto no salário por causa de “erros”.

Edna afirmou que as coisas pioraram após o sumiço de 15 mil dólares do closet de Paula antes de uma viagem internacional. Ela disse ter sido apontada como suspeita, mas pediu para que a ex-patroa ouvisse a todos que pudessem ter entrado no local. Durante a viagem, uma investigação teria sido feita por peritos e advogados e, na volta, Edna notou que a ex-patroa mudou de comportamento com ela e era grosseira. Nesse período, o valor furtado passou a ser de 40 mil dólares.

Conforme a ex-governanta, por vontade própria, ela imprimiu todos os seus extratos bancários e decidiu entregar a Paula, que não quis ver.  Edna também contou que, no dia 3 de maio, Paula tomou um celular de Edna, usado para o trabalho, mas que também se tornou pessoal, pediu a senha do aparelho e solicitou que uma funcionária fizesse o backup e tirasse a identificação facial. Nesse período, ela afirmou que foi obrigada a ficar isolada em um quarto.

“Depois, ela falou assim: ‘agora pode trabalhar’. Como eu posso trabalhar? Eu não conseguia ficar em pé, estava me tremendo. Eu tenho problema de pressão alta e a pressão começou a subir, eu não conseguia respirar e fiquei num estado de pânico, totalmente de pânico. Eu não conseguia falar, só chorava. Eu pensei que iria morrer. Fui para o hospital, me medicaram. A médica perguntou o que aconteceu e eu falei que minha patroa estava botando muita pressão em mim”, disse Edna.

O outro lado

Por meio de sua advogada, Simone Kamenetz, Paula se defendeu das acusações da ex-funcionária. Em nota, a defesa disse que o que está “havendo é uma estratégia adotada, fora dos autos dos processos, em que essa discussão deveria ficar adstrita, para usar as mídias para contar inverdades contra Paula Lavigne e Caetano Veloso buscando um julgamento pelo tribunal da internet, onde não importam provas e verdades, mas tão somente narrativas falaciosas, perpetuando, de maneira irreversível, essa retórica nas milhões de páginas da internet.”

Além disso, negou que Paula tenha acusado a ex-funcionária de ter furtado os dólares que estavam guardados. “Essa acusação é infundada, inclusive está comprovado pelos depoimentos que estão sendo prestados em sede de inquérito policial. Aparentemente, essa narrativa está sendo usada como uma cortina de fumaça para desviar o foco daquilo que, realmente, foi objeto da demissão por justa causa e que está – e será, no que ainda cabe provar – fartamente comprovado nos autos.”

“Paula é muito bem quista pelos funcionários e ex-funcionários. Esses funcionários ficam com ela 20, 30 anos, porque são bem tratados. Paula se preocupa com todos, e ajuda muita gente. Uma relação assim, de tantos anos, também tem suas rusgas, mas chamar isso de abuso é surreal, ainda mais considerando tudo o que o casal fez pela ex-funcionária e sua família”, acrescentou Simone Kamenetz.

Edna entrou com duas ações trabalhistas na Justiça do Rio de Janeiro, após ter sido demitida por justa causa. Ao todo, a ex-funcionária de Caetano Veloso e Paula Lavigne pede indenização de R$ 2,6 milhões. As informações são do portal Terra e da VejaSP.

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