Ex-ministro do Turismo no primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Walfrido dos Mares Guia resolveu contribuir financeiramente para a campanha do sobrinho-neto de Dilma Rousseff. Candidato a vereador em Belo Horizonte (MG), Pedro Rousseff recebeu R$ 100 mil de doação de Mares Guia. A informação foi inicialmente divulgada pelo portal Metrópoles e confirmada, em seguida, pelo jornal O Globo.
Vale mencionar que, neste ano, o limite para gastos de campanha para vereador em Belo Horizonte é de R$ 898 mil.
Titular do Turismo entre 2004 e 2007, o ex-ministro é tido como um político clássico mineiro, uma vez que foi vice-governador do estado no mandato de Eduardo Azeredo (1995-1999).
O último cargo público que exerceu foi em 2007, no segundo governo Lula, quando passou seis meses como ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais.
Na ocasião, renunciou ao cargo após ser acusado de participação em um esquema de desvio de dinheiro público, que ficou conhecido como o “mensalão mineiro”. Posteriormente, em 2014, a Justiça de Minas Gerais extinguiu a punibilidade do processo.
Aos 24 anos, Pedro Rousseff concorre pela primeira vez a um cargo eletivo e é uma das grandes apostas do PT para ser “puxador de voto”. Ele declarou não ter bens à Justiça Eleitoral.
Formado em administração, Pedro é neto de Igor Rousseff, irmão da ex-presidente. Apesar de concorrer pela primeira vez, ele não é novato na política. Atuou nos bastidores da última campanha de Lula e na eleição do deputado estadual Ricardo Campos.
Atuante nas redes sociais, Pedro acumulava 106 mil seguidores no Instagram e 108,2 mil no X (antigo-Twitter) até a noite dessa quarta-feira (21). No TikTok, plataforma na qual sua presença é mais forte, tem 281 mil seguidores e já recebeu quase 7 milhões de curtidas.
Dentro do partido, ele faz parte da corrente do PT Construindo um Novo Brasil (CNB), a mesma de Dilma. Em 2022, ele trabalhou nos bastidores da campanha presidencial de Lula e ajudou a eleger o deputado estadual Ricardo Campos.
Ele auto-declara “inimigo da extrema direita” em suas plataformas. Usa o parentesco com a ex-presidente, que chama de “Dilminha” em posts no Instagram, e a proximidade com o governo Lula para chamar a atenção do eleitorado. A ex-presidente hoje é presidente do banco dos Brics.