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Ex-ministro de Lula, Silvio Almeida diz ter sido vítima de armação e pede justiça

Entre as vítimas, está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

O ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, disse no sábado (15.fev.2025) que foi vítima de uma armação e que estaria sendo tratado como um “monstro” e que busca por “justiça”. Almeida foi demitido do governo em setembro de 2024 após ser acusado de assédio sexual. Em publicação nas redes sociais –a 4ª desde que deixou o órgão a mando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)– disse que é alvo de uma “empreitada do esquecimento” e que “tentaram me transformar repentinamente em um monstro, um homem que sempre enganou milhares de pessoas, um ‘abusador’ de mulheres”.

Uma das acusações de assédio contra Silvio Almeida é da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Segundo ela, o então colega de Esplanada teria a assediado fisicamente e depois sussurrou uma frase desrespeitosa no seu ouvido. Outras alegações foram confirmadas pela ONG Me Too Brasil à época.

Almeida nega todas as acusações. Desde então é alvo de investigações na PF (Polícia Federal). Um inquérito interno também foi aberto pela Comissão de Ética da Presidência para apurar o caso. “Queriam me apagar. Apagar o professor respeitado e tantas vezes homenageado pelos alunos. O advogado diligente. O companheiro, o amigo, o pai. Tentaram me transformar repentinamente em um monstro, um homem que sempre enganou milhares de pessoas, um ‘abusador’ de mulheres”, disse na publicação.

Silvio Almeida anunciou que irá retomar as transmissões no canal no Youtube, com um vídeo sobre a política dos Estados Unidos. Também disse que irá lançar um livro em 2025 e que outras 4 obras também estariam em produção. “Eu estou vivo, continuo indignado e não quero compaixão nem ‘segunda chance’. Eu quero justiça”. As informações são do portal Poder 360.

Ministério das Mulheres institui plano de enfrentamento ao assédio

O Ministério das Mulheres anunciou nesta quinta-feira (13) a instituição de um plano de enfrentamento ao assédio e discriminação no órgão. A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).

O plano foi instituído pelo governo federal em outubro de 2024 e estabelece que denunciantes de assédio devem ter o sigilo dos dados pessoais e proteção contra eventuais retaliações asseguradas.

Desde então, diversos órgãos públicos já aderiram ao programa, como ministérios e agências reguladoras.

O plano foi anunciado pelo governo menos de um mês após a demissão de Silvio Almeida do Ministério dos Direitos Humanos, após denúncias de assédio sexual. O caso é investigado pela Polícia Federal.

A construção do plano começou em julho de 2023, com a criação de um grupo de trabalho interministerial, que contou com o trabalho de 10 ministérios.

🔎O plano prevê a realização de encontros regulares para discussão de temáticas relacionadas ao assédio e discriminação, além da inclusão de cláusulas nos contratos de prestação de serviços, prevendo o compromisso das empresas com o enfrentamento do assédio e da discriminação.

Além disso, também está previsto:

criação de cartilhas, vídeos educativos e guias práticos sobre ética, assédio e discriminação;
realização de palestras e workshops sobre comunicação não violenta e medidas antidiscriminatórias;
desenvolvimento de ações de sensibilização em campanhas institucionais e eventos culturais;
implementação de formações obrigatórias sobre racismo estrutural e suas implicações no ambiente de trabalho.
➡️A medida se aplica a servidores, empregados públicos e possui ações para funcionários terceirizados.

Os órgãos também devem disponibilizar espaço físico e agenda para o acolhimento presencial, além de canais para atendimento virtual, de forma a assegurar que os ambientes sejam seguros e garantam a confidencialidade das informações.

Também deve ser assegurado que os procedimentos de apuração não promovam a revitimização.

A medida publicada nesta quinta também cria uma Comissão Interna, composta por servidores de diversas unidades do Ministério das Mulheres, para coordenar a aplicação do plano. As informações são do portal G1.

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