Quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 30 de outubro de 2024
Vereadora e motorista foram mortos em 14 de março de 2018
Foto: Renan Olaz/Câmara Municipal do RioComeçou na manhã desta quarta-feira (30), no 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, o julgamento dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiróz, acusados de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. Os assassinatos ocorreram em 14 de março de 2018, na capital fluminense.
Estão agendados dois dias de julgamento (quarta e quinta) para que sejam ouvidas nove testemunhas. Sete delas foram indicadas pelo MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), incluindo Fernanda Chaves, assessora de Marielle e sobrevivente do atentado, e duas pela defesa de Lessa. A defesa de Queiroz desistiu dos depoimentos das testemunhas que havia solicitado.
Lessa e Queiroz serão ouvidos por videoconferência dos presídios onde estão: Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, e Centro de Inclusão e Reabilitação, em Brasília, respectivamente. Segundo o TJRJ, algumas testemunhas também podem participar de forma virtual.
O Conselho de Sentença é formado por 21 pessoas. Com base na decisão dos jurados, a juíza Lúcia Glioche definirá a pena dos réus.
A dupla é ré por duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima), tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves e receptação do Cobalt prata clonado que foi usado no crime.
O MPRJ vai pedir ao Conselho de Sentença a pena máxima. De acordo com o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado, os réus podem pegar até 84 anos de prisão cada.