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Rio Grande do Sul Ex-prefeita de Ivoti é condenada por fraude na fila do SUS

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A fraude, conforme o MP, foi cometida entre abril de 2013 e novembro de 2015. Na foto, Maria de Lourdes Bauermann

Foto: Divulgação
A fraude, conforme o MP, foi cometida entre abril de 2013 e novembro de 2015. (Foto: Divulgação)

A ex-prefeita de Ivoti Maria de Lourdes Bauermann (Republicanos), uma correligionária dela e uma vereadora eleita de Taquara foram condenadas por fraude na fila do SUS (Sistema Único de Saúde).

Conforme a sentença, divulgada na sexta-feira (11), a ex-prefeita recebeu pena de 11 anos e três meses de prisão. A sua correligionária na época dos fatos e a vereadora de Taquara foram condenadas a 14 anos e quatro meses de reclusão cada.

Nos três casos, o cumprimento das penas será em regime fechado e com pagamento de multa. Os crimes, conforme a denúncia do MP (Ministério Público), foram cometidos entre abril de 2013 e novembro de 2015.

Segundo o MP, o esquema consistia em conseguir de forma mais rápida os atendimentos no SUS com o objetivo de obter capital político visando às eleições municipais na época dos fatos. A fraude tinha como base furar a fila do SUS e, para isso, a ex-prefeita de Ivoti, com ajuda de uma servidora pública da área da saúde, de Taquara, que hoje é vereadora eleita no município, inseriam no sistema de agendamentos pacientes de Ivoti na fila de Taquara, sempre usando dados falsos.

As três mulheres foram investigadas pela Operação F5, deflagrada em 27 de outubro de 2016 pela Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre. Na ocasião, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em residências em Ivoti e outro em um posto de saúde em Taquara.

As investigações mapearam 14 casos, como cirurgias plásticas nas pálpebras e no nariz, consultas oftalmológicas agendadas para duas semanas depois da marcação (a espera, em média, é superior a um ano), além de uma consulta com oncologista marcada para 15 dias depois da inserção no sistema.

O Tribunal Regional Eleitoral do RS cassou o mandato de Maria de Lourdes em 2017 por abuso de poder econômico e político.

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