Domingo, 09 de março de 2025
Por Redação O Sul | 4 de julho de 2024
Policiais federais estiveram na casa do ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis
Foto: Reprodução de TVO secretário de Transporte e Mobilidade Urbana do Rio de Janeiro e ex-prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB), foi alvo da segunda fase da Operação Venire, que investiga suposta fraude nos cartões de vacinação da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em 2022. A ação foi deflagrada pela PF (Polícia Federal) nesta quinta-feira (4).
Os sistemas do Ministério da Saúde indicam que duas doses de vacinas contra a Covid foram aplicadas em Bolsonaro no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias nos dias 13 de agosto e 14 de outubro de 2022. Essa suposta falsificação teria o objetivo de garantir a entrada de Bolsonaro, familiares e auxiliares próximos nos Estados Unidos, burlando a regra de vacinação obrigatória. O então presidente deixou o País no penúltimo dia do seu mandato.
Esses dados, segundo a PF, foram inseridos no sistema apenas em 21 de dezembro, pelo então secretário municipal de Governo de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha, e removidos seis dias depois, sob alegação de “erro”.
Mas foi justamente nesse 27 de dezembro que um computador cadastrado no Palácio do Planalto acessou o ConecteSUS a fim de gerar os certificados de vacinação para impressão.
Na ocasião, Bolsonaro afirmou que não tomou vacina e que não houve adulteração nos registros de saúde dele e da sua filha. “Nunca me foi pedido cartão de vacina em lugar nenhum, não existe adulteração da minha parte. Eu não tomei a vacina, ponto final. Nunca neguei isso”, disse o ex-presidente.
Nesta quinta, foram cumpridos mandados de busca e apreensão emitidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal), a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), com o objetivo de “buscar a identificação de novos beneficiários do esquema fraudulento”.
A primeira fase da Operação Venire foi deflagrada pela PF em maio do ano passado. Bolsonaro foi um dos 16 alvos de buscas. Na ocasião, os policiais prenderam o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid , e outros cinco suspeitos de envolvimento no esquema.