Terça-feira, 25 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de outubro de 2023
O ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter, criticou a decisão da entidade máxima do futebol mundial de realizar a Copa do Mundo em seis países, de três continentes.
Segundo divulgado esta semana pela entidade máxima do futebol, o Mundial de 2030 será realizado em Espanha, Portugal e Marrocos, além de ter três jogos inaugurais em Argentina, Paraguai e Uruguai, para marcar o centenário do torneio.
“É um absurdo destruir o torneio desta forma”, disse Blatter ao jornal suíço SonntagsBlick.
“A Copa do Mundo deve ser um evento compacto”, disse ele, acrescentando que isso é importante para a identidade do evento, para a organização e para os visitantes.
“Por razões históricas, a Copa do Mundo de 2030 deveria pertencer exclusivamente à América do Sul”, completou Blatter.
As explicações da Fifa
Em comunicado, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, explicou a decisão de fazer a Copa em seis países e três continentes.
“Em um mundo dividido, a Fifa e o futebol estão unindo. O Conselho da Fifa, representando todo o mundo do futebol, entrou em acordo de forma unânime para celebrar o centenário da Copa do Mundo, cuja primeira edição foi jogada no Uruguai em 1930, da forma mais apropriada possível. Como resultado disso, a celebração irá acontecer na América do Sul, em três países: Uruguai, Argentina e Paraguai. Cada um deles organizará uma partida da Copa do Mundo 2030”, afirmou.
“A primeira partida, obviamente, será jogada no estádio em que tudo começou: o mítido Centenário de Montevidéu. Isso será precisamente para celebrar o centenário da Copa do Mundo da Fifa”, seguiu.
“O Conselho da Fifa também entrou em acordo de forma unânime para considerar vencedora a candidatura de Portugal, Espanha e Marrocos para ser sede da Copa do Mundo 2023. Dois continentes, Europa e África, unidos não só em uma celebração do futebol, mas também promovendo coesão social e cultural. É uma grande mensagem de paz, tolerância e inclusão”, complementou
Chile fora do acordo
O Chile fazia parte da candidatura inicial da América do Sul, mas ficou fora do acordo. Houve o entendimento por parte do Conselho da Fifa de que a divisão deveria ter três países-sede de cada lado: Uruguai, Argentina e Paraguai de um, Espanha, Portugal e Marrocos do outro. O Chile também caiu por ter sido o último a se juntar à candidatura Sul-Americana.