Segunda-feira, 28 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 19 de março de 2023
O ex-presidente do Santos Futebol Clube, Orlando Rollo, foi solto no último sábado (18). Ele, que é investigador da Polícia Civil, é acusado de desviar e comercializar cocaína.
A soltura foi determinada pela a 5ª Vara Criminal da Comarca de Santos. O Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região entendeu, a partir de documentos apresentados pela defesa, que a apreensão do celular do advogado João Armôa, também preso pelo envolvimento no caso, teria sido realizada de maneira ilegal.
O aparelho era a principal prova que autorizou a instalação de um inquérito contra Rollo.
A decisão prevê a suspensão das medidas investigativas e do acesso aos celulares do ex-presidente e dos demais acusados.
Além de Rollo e de João Armôa, outras cinco pessoas foram denunciadas na ação pela prática dos crimes de tráfico de drogas e de associação para o tráfico. Quatro acusados, incluindo Orlando, são agentes da Polícia Civil.
De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), Rollo e outros três agentes teriam se “apropriado” de 790 quilos de cocaína e, então, colocado a carga à venda para terceiros.
Mesmo com a revogação da prisão, os investigados estão proibidos de mudar de endereço e deixar a residência por mais de oito dias consecutivos. Eles devem estar presente em todos os atos processuais.
Orlando Rollo foi presidente do Santos em 2020, tendo substituído José Carlos Peres na gestão do clube. Além de ter sido diretor e conselheiro do clube, Rollo é investigador da Polícia Civil de São Paulo desde 2022.
Em posts em sua rede social, advogado Alex Ochsendorf, que representa Rollo e o investigador Joaquim Bonorino, agradeceu o empenho dos colegas durante o processo para a soltura dos acusados. Ele ainda afirma que, apesar do resultado, outros atos serão realizados para o esclarecimento de todo o ocorrido.
Perfil
Orlando Rollo nasceu em Santos, se formou em Direito, tem tecnólogo em Segurança Pública e atua como investigador da Polícia Civil de São Paulo desde 2002.
Sócio do Santos desde 1993, ele foi conselheiro do clube por sete mandatos, entre 1999 e 2014 e de 2017 e 2020. Na eleição para a presidência do Peixe de 2014, ele foi o quarto colocado. Em 2017, ele foi eleito como vice na chapa encabeçada por José Carlos Peres. Substituto de José Carlos Peres, que sofreu impeachment, ele esteve no cargo por três meses. Em janeiro, o eleito Andrés Rueda assumiu.
Na área do futebol, ele faz um MBA em Marketing Esportivo e Psicologia do Esporte, tem curso de Gestão Estratégica de Esportes pela FGV e faz o curso oficial de Gestão de Futebol da CBF Academy. Ele também tem três especializações na área de administração esportiva pela UniBF (PR).