Um dos responsáveis pela contratação de Luis Suárez pelo Grêmio, o ex-vice-presidente de futebol Paulo Caleffi, concedeu uma entrevista exclusiva à equipe de reportagem do Jornal O Sul na tarde desta sexta-feira (3). Entre os assuntos abordados, o dirigente comentou sobre a contratação do centroavante uruguaio, seu futuro político e o carinho que a torcida gremista tem com ele pelo seus oito meses a frente do clube.
Paulo Caleffi fez parte do departamento de futebol do clube gaúcho até o dia 28 de junho deste ano. Nessa data, a assessoria do Grêmio publicou uma nota anunciando o desligamento do dirigente. Na época, por meio de suas redes sociais, o ex-vice-presidente comentou que havia sido informado por telefone e que o motivo do desligamento foram desentendimentos com a imprensa.
Em relação à contratação de Suárez, Caleffi descreveu o momento como emblemático.
“Foi uma situação marcante. Demandou muito esforço. A viagem a Montevidéu não estava planejada. No contexto, a ideia era que ele (Suárez) viesse a Porto Alegre, mas devido a algumas questões na negociação, achei apropriado ir até lá para finalizar a negociação de forma definitiva. Tomei conhecimento da situação quando minha mãe me ligou e disse que o ambiente estava repleto de alegria entre os torcedores. Sinto muito orgulho de todo o esforço realizado”.
O ex-diretor do Grêmio foi questionado sobre como recebeu o convite para ingressar na diretoria do clube gaúcho e comentou que já fazia parte da campanha do então candidato, Alberto Guerra, o que o aproximou da gestão da pasta de futebol.
“Eu tive uma participação significativa na campanha do então candidato Alberto Guerra. Acabei me aproximando do cenário do futebol quando percebemos no núcleo central da campanha que a vitória nas eleições era algo bastante plausível. Assim, avançamos na formulação de planos de contratações e encaminhamos cartas de intenção, como no caso de Carballo, Cristaldo e Suárez”, disse.
Questionado sobre uma possível candidatura à presidência do Grêmio, o dirigente comentou que não é um desejo de longa data, assim como não fazia parte de seus planos ser vice-presidente do clube.
“A pessoa não planeja ser presidente do Grêmio. Ser presidente é uma concessão. Se, no futuro, as pessoas considerarem que eu possa contribuir, eu vou me reunir com elas e conversar, é claro, porque atender a um chamado do Grêmio é uma obrigação de todos nós. No entanto, não é um projeto de vida, não é um desejo. Nunca foi parte do meu plano fazer parte do departamento de futebol”.