Por Redação O Sul | 12 de março de 2023
Em 6 de janeiro de 2021, a democracia americana foi fortemente ameaçada quando apoiadores do então presidente Donald Trump invadiram o Capitólio, centro legislativo dos Estados Unidos
Foto: DivulgaçãoO fosso entre o ex-presidente republicano Donald Trump e seu vice-presidente não para de crescer. Mike Pence disse na noite de sábado (11) que a história vai responsabilizar Trump “por seu papel na invasão ao Capitólio” em 6 de janeiro de 2021.
Em 6 de janeiro de 2021, a democracia americana foi fortemente ameaçada quando apoiadores do então presidente Donald Trump invadiram o Capitólio, o centro legislativo dos Estados Unidos, protestando contra o resultado das eleições que haviam levado o democrata Joe Biden ao poder.
“O presidente estava errado”, martelou o antigo conselheiro de Trump durante o Gridiron Dinner, um evento de gala organizado entre jornalistas e políticos proeminentes. Não havia câmeras no jantar, uma maneira de deixar os políticos mais soltos em suas falas.
Segundo diferentes jornais americanos, Pence estava leve e chegou a aludir a sua possível candidatura. “Apoiarei de todo coração e sem reservas o candidato republicano à presidência em 2024, se for eu”, brincou.
Em seguida, com voz séria, Pence disparou contra seu ex-companheiro republicano. “O povo tem o direito de saber o que aconteceu em 6 de janeiro”, disse ele, descrevendo o ataque ao Capitólio como uma vergonha e lembrando as tentativas de Trump de anular o resultado da eleição.
“Eu não tinha o direito de anular [o resultado ] da eleição. E seu discurso imprudente colocaram em risco minha família e todos os que estavam dentro do Capitólio naquele dia. Eu sei que a história vai colocar Trump como o responsável”, declarou.
Ato de equilíbrio
Mike Pence está tentando se distanciar politicamente do ex-presidente. Em sua mira está uma possível candidatura às primárias republicanas.
Contudo, esse jogo é delicado. Pence precisa manter o equilíbrio para não despertar a rejeição da maioria dos eleitores republicanos. Essa seria a razão, segundo analistas, para que o ex-vice-presidente continue a se recusar a testemunhar em tribunal sobre o papel de Trump no 6 de janeiro de 2021.
