Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 25 de setembro de 2022
Cuidar da saúde da mulher envolve realizar alguns exames ginecológicos de rotina para saber se há alguma alteração e como é possível cuidar. Segundo o Dr. Alexandre Luiz Seo, médico ginecologista e obstetra, o papanicolau, a colposcopia e a vulvoscopia têm o objetivo de realizar o rastreamento e diagnóstico precoce do câncer de colo uterino, vagina e vulva. Enquanto o ultrassom transvaginal é responsável por observar as alterações em órgãos femininos como útero, trompas e ovários.
“Esses exames são complementares. O papanicolau colhe células do colo do útero e da vagina, por meio de um raspado da mucosa, para análise em laboratório e a colposcopia identifica as áreas suspeitas no colo uterino, vagina e vulva, por meio de um aparelho com lente de aumento, como forma de direcionar a área a ser biopsiada”, afirma o especialsita.
“Enquanto a ultrassonografia transvaginal é um exame de imagem feito com um equipamento via vaginal acoplado ao aparelho de ultrassom que permite a avaliação dos órgãos pélvicos quanto ao formato, volume e presença de tumores sólidos e cistos”, completa.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), órgão vinculado ao Ministério da Saúde, a recomendação do exame de Papanicolau é que seja realizado anualmente em mulheres a partir dos 25 anos. Desde que já tenham iniciado atividade sexual.
“Após as duas primeiras coletas, sendo uma por ano, se não houver alteração, as próximas provas podem ser feitas de três em três em anos. Sugere-se que o rastreamento seja feito dessa forma até os 64 anos, desde que os últimos resultados não tenham acusado sinais suspeitos”, conta o Dr. Seo.
“Caso positivo, a periodicidade deve ser discutida com o médico. Nos casos da colposcopia/vulvoscopia e ultrassom transvaginal não há recomendação de realizar esses exames de forma rotineira”, complementa o especialista.
Além disso, os exames de papanicolau e colposcopia/vulvoscopia servem para diagnosticar precocemente câncer de colo de útero, vagina e vulva. “Eles são capazes de identificar a presença de infecções, como candidíase, vaginose bacteriana e tricomoníase. Causadas por fungos, bactérias e protozoários, respectivamente. E também para encontrar lesões que indiquem a presença do HPV, vírus cuja infecção está relacionada com casos de câncer de colo de útero”, afirma.
“O ultrassom transvaginal serve para investigar algumas doenças, como miomas uterinos, cistos ovarianos, doenças do endométrio. Má formações, câncer de útero e ovário, entre outros”, finaliza o Dr. Seo.