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Rio Grande do Sul Excesso de umidade dificulta reconstrução de hortas pós enchente no RS

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Devido ao grande volume de chuvas muitos canteiros de hortas comerciais foram destruídos, mas estão sendo reconstruídos pelos produtores. (Foto: Emater/RS-Ascar)

A olericultura, área da horticultura que abrange a exploração e produção de vegetais para consumo alimentar, foi fortemente atingida pelas chuvas intensas e enchentes que persistem no Rio Grande do Sul. A Emater/RS-Ascar tem feito o levantamento das perdas no setor agropecuário, contabilizando os prejuízos desse evento climático que atingiu quase a totalidade do território gaúcho.

Dos 497 municípios, 461 foram diretamente afetados. No último informativo da Emater/RS-Ascar, há relatos de perdas de folhosas e hortaliças em todas as regiões do Estado. Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Campanha, no município de Bagé, produtores relatam problemas no desenvolvimento de folhosas em ambiente protegido, especialmente pela combinação de elevada umidade com baixa luminosidade.

Apesar de os produtos apresentarem menor qualidade devido ao clima adverso, a impossibilidade de abastecimento de hortaliças provenientes da Ceasa tem aumentado a demanda dos mercados locais. Na Fronteira Oeste, os produtores de alface de Uruguaiana relatam perda de 50% da produção em função do longo período chuvoso. Em Alegrete, as perdas seriam de 50% a 60% na produção de repolho, cenoura e beterraba. Em Quaraí, a produção de folhosas também está sendo afetada, e se observa menor oferta na feira municipal, além de elevação do preço médio para R$ 5,00 a unidade.

Na região de Ijuí, a continuidade do clima úmido e chuvoso e a baixa insolação desfavorecem o desenvolvimento das olerícolas: em ambiente protegido, ocorre baixo crescimento; e a céu aberto, há problemas com doenças, impactando na qualidade dos produtos. Não foi possível realizar o manejo das áreas para reconstrução de canteiros na maior parte do período. Verificam-se perdas de solo, nutrientes e matéria orgânica.

As águas em áreas alagadas recuaram, mas, nas áreas inundadas, houve prejuízos aos produtores por serem locais baixos e preferenciais ao cultivo, já que a disponibilidade de umidade do solo é maior. O abastecimento dos produtos está limitado, principalmente em função da redução na oferta de hortigranjeiros em todo o Estado.

Desabastecimento

Com altos volumes de chuvas registradas na região de Pelotas, foi impossível realizar o manejo e a implantação das áreas de hortaliças. O tempo encoberto também afetou o desenvolvimento dos cultivos em estufas. Em Rio Grande, a produção de olerícolas está localizada nas ilhas do Leonídio, Marinheiros e Torotama e em áreas baixas próximas à Laguna dos Patos, onde o avanço das águas inundou as áreas de produção. Já ocorre diminuição significativa na oferta de brócolis, couve-verde, couve-manteiga, couve-flor, salsa e tomate.

Em função da ocorrência de chuvas intensas e contínuas, a qualidade dos produtos colhidos é baixa (tamanho, peso e apresentação visual). Todas as olerícolas apresentam elevação nos preços, e já faltam as principais em todos os mercados da região, inclusive nos grandes atacarejos. A situação deverá se normalizar assim que for liberado o trânsito entre Pelotas e Porto Alegre, com livre acesso à Ceasa. O período é de transição na produção das hortaliças tradicionais de verão para as de meia-estação e inverno.

Na região de Santa Rosa, devido ao grande volume de chuvas nos primeiros dias de maio, muitos canteiros de hortas comerciais foram destruídos, mas estão sendo reconstruídos pelos produtores, que fazem o replantio das mudas. No entanto, essa reconstrução tem sido de forma lenta, em razão das condições climáticas desfavoráveis. Nos três dias em que houve sol no período – segunda a quarta-feira –, os produtores retomaram a adubação química e orgânica, o revolvimento do solo, bem como a demarcação e construção dos canteiros.

O desenvolvimento das culturas ainda está prejudicado pelo excesso de umidade e pela baixa luminosidade. A produção sofreu muitos danos em razão das chuvas intensas, causando redução na oferta regional e aumento no preço das hortaliças. Os cultivos protegidos em estufas foram os menos afetados em relação ao crescimento das plantas. Abóbora e moranga estão em fase de colheita.

O excesso de umidade no solo e a restrição de radiação solar na região de Soledade prejudicam o desenvolvimento de hortaliças e impedem a implantação de novas áreas. A enchente causou perdas expressivas em grande parte das lavouras do Baixo Vale do Rio Pardo; estimam-se perdas de 90% das folhosas e 70% das demais hortaliças da época. A falta de mudas impede a recuperação necessária da produção. Os cultivos restantes estão em estufas e em locais livres de alagamentos.

 

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https://www.osul.com.br/excesso-de-umidade-dificulta-reconstrucao-de-hortas-pos-enchente-no-rs/ Excesso de umidade dificulta reconstrução de hortas pós enchente no RS 2024-05-18
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