*Por Júlia Bueno
Após um incêndio ter atingido a catedral de Notre Dame, em Paris, no início da tarde desta segunda-feira (15), a turista Juniê Conceição concedeu uma entrevista exclusiva ao portal O Sul, relatando como está a cidade após o início das chamas. Ontem, a jovem de 20 anos esteve no local atingido pelo fogo. O cenário descrito por ela é de uma cidade transtornada. O Corpo de Bombeiros ainda trabalha no combate ao incêndio e não há informações sobre feridos ou a causa do incidente.
“A cidade tá um caos”, relata Juniê. Abrigada em um hostel localizado no bairro 19, a turista observa que os meios de transporte estão proibidos de se dirigirem à catedral e que a ordem é não transitar próximo da área atingida. Ela conta, ainda que, está acompanhando os noticiários locais e que eles afiram que o fogo iniciou por volta das 18h50min, no horário de Paris (13h50min no Brasil). Porém, os bombeiros só teriam chegado ao ponto turístico quase 30 minutos depois.
Por ser um monumento de grande comprimento, Juniê salienta a dificuldade em conter as chamas. “É uma igreja muito, muito, muito grande então eu não sei até onde chegou, mas estou bem apavorada, chocada. Me deixou extremamente chateada essa notícia”, lamentou. Apesar da dimensão, a turista lembra o fato de ser segunda-feira, dia em que muitos estabelecimentos fecham, o que teria diminuído o tamanho da tragédia. “Bastante coisa não abre aqui, então os lugares ao redor da catedral provavelmente não estavam abertos. Isso já é um pouco bom porque aí as pessoas acabam não se machucando”, repara.
Quanto à infraestrutura, Juniê fortalece a relevância histórica de Notre Dame e revela a presença de um grande número de velas no interior do monumento. Como mencionado por guias durante a visita realizada pela jovem, a igreja começou a ser construída por volta de 1200, tendo sido concluída depois de 1800. Dedicada a Maria, Mãe de Jesus Cristo, a construção é uma das mais antigas catedrais francesas em estilo gótico. “Ela é muito bonita, com a arquitetura linda, tanto por fora quanto por dentro. É um local que tem muito da História”, destaca Juniê.