Um dos principais questionamentos em relação a ganho de massa muscular é a prática dos famosos exercícios cardio. Afinal, eles ajudam ou atrapalham nesse objetivo? Popularmente, os exercícios cardio e aeróbico podem ser confundidos, mas há uma diferença entre eles.
A nutricionista Ruth Egg, especialista em esportes e comportamento alimentar, explica que o primeiro refere-se às atividades que aumentam a frequência cardíaca. “O foco está na saúde cardiovascular e no fortalecimento do coração e dos pulmões, como corrida, ciclismo e natação, por exemplo”, conta.
Enquanto isso, o aeróbico trata-se de qualquer atividade que usa oxigênio na produção de energia. “Em resumo, enquanto todo exercício aeróbico é cardio, nem todo exercício cardio é estritamente aeróbico – como é o caso das atividades de alta intensidade e curta duração”, acrescenta.
Segundo a profissional, o cardio, assim como aeróbico, desempenha diversas funções cruciais no organismo. Entre elas, há destaque para:
- saúde cardiovascular — que garante a melhora na eficiência do coração e pulmões;
- resistência e energia — já que aumentam a capacidade aeróbica e resistência geral, além de fortalecerem músicos envolvidos na atividade contínua;
- controle de peso — que visa o aumento na taxa metabólica basal e o auxílio na queima de calorias; e
- melhora no humor — especialmente por liberar endorfinas, reduzindo os sintomas de estresse e ansiedade.
Rugg também acrescenta que, de forma geral, os exercícios cardio são mais eficazes para a queima de gordura do que para o ganho da massa muscular.
“No entanto, sua influência no ganho ou perda de massa depende de alguns fatores como dieta, tipo e intensidade do exercício e a combinação com treinamento de força”, conta.
Prática excessiva
Como toda prática física, o cardio também exige alguns cuidados extras, uma vez que a prática excessiva pode ocasionar:
- Sobrecarga cardíaca;
- Lesões musculoesqueléticas (maior risco de lesões por esforço repetitivo);
- Perda de massa muscula (excesso pode levar ao catabolismo muscular, especialmente se não combinado com exercícios de força); e
- Exaustão e burnout (pode levar a fadiga extrema e esgotamento).
O educador físico e consultor esportivo Leandro Twin reforça que a prática não é indicada para todos. “Pessoas com doenças cardíacas avançadas, insuficiência cardíaca ou arritmias não controladas, devem evitar os exercícios intensos até que sua condição esteja estabilizada e aprovada por um cardiologista”, conta.
Já aqueles que têm lesões agudas ou condições ortopédicas graves, como fraturas, rompimentos ou outras doenças articulares severas, também necessitam de supervisão médica e avaliação completa. As informações são da CNN.