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Exército brasileiro discute parceria com a China

O Escritório de Projetos Especiais da força estuda acordo para produzir equipamentos bélicos no Brasil. (Foto: Divulgação)

O Escritório de Projetos Especiais do Exército discute uma parceria com a China para produzir equipamentos bélicos no Brasil. Entre as tecnologias prioritárias, segundo uma fonte militar do governo, estão mísseis antiaéreos, artilharia sobre rodas, sistemas de radio-comunicação definidos por software, aeronaves remotamente pilotadas, radares tridimensionais e tanques de guerra sobre lagarta.

Uma comitiva do Escritório de Projetos Especiais do Exército Brasileiro foi à China neste mês, com o objetivo de conhecer equipamentos que possam ser produzidos no Brasil em conjunto com empresas brasileiras. A missão teria partido articulada por Celso Amorim, assessor especial de Assuntos Internacionais da Presidência e ex-ministro da Defesa, com a anuência de José Múcio, atual responsável pela pasta.

O Exército Brasileiro, por meio do Escritório de Projetos Especiais, reconhece a importância de investir em tecnologias militares avançadas para garantir a segurança e defesa do país. Nesse sentido, a busca por parcerias internacionais para o desenvolvimento e produção de equipamentos bélicos é vista como uma alternativa viável para acelerar o processo de modernização das Forças Armadas.

Embora as negociações estejam em estágio inicial, o governo brasileiro vê com otimismo a possibilidade de fortalecer a indústria de defesa nacional por meio dessa parceria estratégica com a China. Vale ressaltar que a cooperação militar entre países envolve questões sensíveis e requer um cuidadoso processo de avaliação e análise de riscos, considerando a segurança nacional e a soberania do País.

Visita chinesa

Uma delegação de 18 militares das Forças Armadas da China, sendo 17 oficiais-generais, esteve no Brasil em junho para uma visita oficial ao Quartel-General do Exército, em Brasília. A visita fez parte da viagem de estudos estratégicos da NDU (Universidade de Defesa Nacional da China, na sigla em inglês) ao Brasil, conforme a Força.

Segundo o Exército, a vinda dos militares ao Brasil “reforça os laços de amizade entre as duas nações, marcando a retomada das atividades presenciais entre os 2 exércitos após o fim das restrições sanitárias impostas pela pandemia da covid”.

A comitiva foi chefiada pelo general Zheng He, general sênior da NDU. A visita foi acompanhada pelo general Zhang Linhong, adido militar da Embaixada da China no Brasil. No Quartel-General, a delegação chinesa foi recebida pelo general de brigada Rocha Lima, chefe do Escritório de Projetos do Exército.

Foi realizada uma apresentação sobre a história do Exército brasileiro e sobre as características e os projetos estratégicos da corporação.

Os militares chineses também se encontraram com o chefe do Estado-Maior do Exército brasileiro, general de Exército Soares. Ainda foram ao Rio de Janeiro, onde conheceram a ESG (Escola Superior de Guerra) e o Forte de Copacabana.

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