Sexta-feira, 07 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de abril de 2024
O Exército de Israel anunciou nessa segunda-feira (1°) que 600 soldados israelenses morreram e cerca de 1.500 ficaram feridos desde 7 de outubro, quando a guerra contra o grupo terrorista Hamas teve início na Faixa de Gaza. A lista de “baixas de guerra” publicada pelo órgão inclui soldados e reservistas. O comunicado foi feito após dois soldados terem morrido no domingo, sendo um deles de uma unidade de elite.
O sargento Sivan Weil, de 20 anos, foi gravemente ferido por uma granada propulsada por foguete que foi disparada contra tropas em Khan Yunis na sexta-feira, e sua morte foi anunciada no domingo à noite. Já o sargento Naday Cohen, também de 20 anos, foi morto por um míssil no sul de Gaza. Ambos foram descritos por familiares e pessoas próximas como “sensíveis” e “amados”.
Em nota, o Exército israelense indicou que 256 soldados morreram desde o início das operações terrestres no enclave palestino, em 27 de outubro. Mais de 300 foram mortos durante o ataque sem precedentes do Hamas em Israel, e outros morreram na Cisjordânia ocupada e na fronteira com o Líbano, onde desde o início da guerra ocorrem trocas de tiros quase diárias.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas desde 2007, 32.845 palestinos morreram na Faixa de Gaza desde o início da guerra, sendo a maior parte mulheres e crianças. Em comunicado, a pasta anunciou que 63 pessoas morreram nas últimas 24 horas. Nos seis meses de conflito, pelo menos 75.392 pessoas ficaram feridas.
Operação militar
Em outra frente, Israel anunciou ter deixado a região do Hospital de Al-Shifa, o maior da Faixa de Gaza, após o término de uma operação militar que durou duas semanas. Os militares anunciaram a conclusão da ação nessa segunda-feira (1º).
O complexo hospitalar foi invadido por soldados israelenses no dia 18 de março. À época, autoridades palestinas disseram que a operação deixou vítimas e provocou um incêndio em um dos prédios. Já Israel afirmou que havia pedido para que a população civil para deixasse a área.
Em comunicado publicado nessa segunda-feira, as Forças de Defesa de Israel afirmaram que fizeram uma varredura no hospital, aprendendo armas e documentos de inteligência. Os militares disseram ainda que terroristas foram mortos durante a operação.
Ainda segundo o exército israelense, a operação foi conduzida ao mesmo tempo em que se “evitava danos a civis, pacientes e equipes médicas”.
Segundo a Associated Press, logo após a saída dos militares israelenses da região, centenas de pessoas retornaram para a área do Hospital Al-Shifa. Testemunhas afirmaram que corpos foram encontrados dentro e fora do complexo.
Mohammed Mahdi, um dos que retornaram à região do hospital, disse à AP que o cenário encontrado foi de completa destruição. Já Yahia Abu Auf afirmou que vários pacientes foram encaminhados para outro hospital da região.
“A situação é indescritível”, disse Auf. “A ocupação destruiu todo o sentido de vida aqui.”
Enquanto a operação estava em andamento, Israel afirmou que matou 170 homens armados na região do Hospital Al-Shifa. Já o Hamas acusou os israelenses de terem matado 240 pacientes. As informações são da agência de notícias AFP e do portal de notícias G1.