Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de janeiro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Segundo pesquisa realizada pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o Brasil está na segunda pior posição da América Latina para quem quer empreender. Dentre os principais problemas, está o tempo que se leva para abrir uma empresa, com todas as burocracias exigidas pelo governo.
Que o brasileiro é criativo e encontra solução para tudo, ninguém discute, mas os entraves e atrasos do Brasil muitas vezes superam qualquer força de vontade que um empreendedor possa ter para abrir um negócio.
Todos sabem que é o empreendedorismo que gera riquezas e melhoria na vida das pessoas, só que, infelizmente, quem dita as regras hoje ainda não entendeu o valor do sacrifício e da dedicação do empreendedor.
Alguns tipos de negócios podem levar ao redor de seis meses para receber toda a papelada burocrática necessária e dar início a suas operações. Quantas pessoas podem aguentar meio ano de espera para abrir um negócio, sem conseguir faturar um centavo sequer?
Talvez por esse motivo, dizemos que o povo brasileiro é forte e não desiste nunca. É incrível tamanha força de vontade dos brasileiros que, para conseguir realizar seu sonho, esperam a outorga durante tanto tempo de quem nada produz.
Finalmente, parece que algumas medidas começaram a ser adotadas para mudar essa realidade atual, como o chamado “Revogaço”, que busca analisar as atuais leis vigentes e entender se elas não estão travando o avanço da sociedade.
Me entristece olhar para o nosso País e ver tanta gente capaz desistindo dos seus sonhos, devido aos altos custos e taxas que são obrigados a pagar, desmotivando qualquer um que tenha o sonho de fazer a diferença.
A grande mudança só virá com a valorização e a simplificação para quem quer empreender no Brasil. É chegada a hora de olhar com outros olhos aqueles que arriscam e trazem as soluções certas para melhorar a vida da sociedade.
Desejo que, em alguns anos, possamos estar em segundo lugar novamente, mas agora no topo superior desse ranking.
Fabio Steren, consultor em segurança, empresário e associado do IEE
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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