Segunda-feira, 25 de novembro de 2024
Por adm | 28 de abril de 2020
Esta é a 18ª semana do ano. Para várias culturas e religiões, o número está vinculado à sabedoria. Tomara que se estenda aos governos que precisam decidir sobre preservação da vida e condições de sustentação da Economia.
Grande desafio
A primeira manifestação de sabedoria foi dada ontem pela manhã. O presidente Bolsonaro desfez especulações de que mais um ministro poderia estar saindo. “O homem que decide a economia do Brasil é um só, chama-se Paulo Guedes”, disse.
Repetiu o que já se sabe: Guedes é o pino de segurança do governo. Caberá a ele conduzir agora o plano de recuperação econômica, tarefa complicada e de proporções inéditas.
Proeza
As possibilidades de investimentos, em uma fase de crise, aumentarão quando Bolsonaro anunciar que os próximos dois anos e oito meses de governo serão com menos solavancos. A saída de dois ministros obrigou a manobra equivalente à troca de pneus de carros da Fórmula 1, correndo na pista e sem parar nos boxes.
Poderia ser pior
O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao Supremo Tribunal Federal, sexta-feira, a abertura de inquérito para apurar declarações de Sérgio Moro contra Bolsonaro.
Ontem, Bolsonaro e Aras se encontraram no Palácio do Planalto sem o registro de altercação. Já foi um avanço.
Enfrentamento
O líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues, defende a realização de audiência pública com Moro, para que explique as denúncias contra Bolsonaro.
O ex-ministro precisará harmonizar sua imagem de combatente contra o crime e o fato de ter servido por 475 dias a um governo com integrantes suspeitos de envolvimento em milícias.
Terá também de explicar a parlamentares governistas o enfraquecimento da Lava Jato. A expectativa era de que impulsionaria a Operação.
Sem resistir
Quem voltar às ruas depois da fase de isolamento vai estranhar: estabelecimentos estarão fechados para sempre. Empresários sem receitas não conseguem resistir ao pagamento de contas, que se mantiveram.
Muitos vão se aperceber sobre o que é o autoritarismo dos governos.
Tamanho do desespero
Até agora, 94 países entraram em contato com o Fundo Monetário Internacional para pedir ajuda.
Perseverança
O totalitarismo parecia tomar conta da Europa durante a Segunda Guerra Mundial. O estadista inglês Winston Churchill em um discurso deu injeção de ânimo que deve ser lembrado agora:
“Lutaremos nas praias, lutaremos nos locais de desembarque, lutaremos nos campos e nas ruas, lutaremos nas colinas, nunca nos renderemos”.
Em pouco tempo, o inimigo invisível será derrotado.
Sem conversa
Não há mais espaço para instrumentos usados por muitos governos diante de crises ao longo de décadas: arranjavam um jeito ou buscavam desculpas. Acabou-se esse tempo.
Exemplo
A Prefeitura de Santa Maria, mais entidades representativas dos setores produtivos e de veículos de comunicação lançaram campanha que tem tido êxito, denominada Nós por Todos. Cita a existência de 15 mil pessoas que trabalham no comércio da cidade; as 60 mil impactadas diretamente pelos salários e as 7 mil e 830 empresas registradas na Prefeitura.
Apelo forte
A campanha convida cada santamariense a valorizar quem produz, gera renda e empregos, “ajudando o Coração do Rio Grande a pulsar mais forte na esperança de dias melhores.”
Perto da crise
A 28 de abril de 1960, iniciou-se movimento para prorrogar o mandato do presidente da República, Juscelino Kubitschek, ou conceder a ele período tampão de dois anos. O motivo era o descontentamento de forças conservadoras com as candidaturas do marechal Teixeira Lott e de Jânio Quadros à sucessão. Lideranças do Congresso manifestaram-se contrárias e a tentativa acabou abafada em duas semanas.
Mais segurança
O que nenhum país pode admitir pacificamente, mesmo nos momentos de crise, é o bloco da marcha à ré.