Sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Por Redação O Sul | 9 de abril de 2024
Complicações como a doença do silicone e a contratura capsular podem exigir a retirada da prótese.
Foto: ReproduçãoO implante de silicone é a cirurgia plástica mais realizada no mundo. São quase 50 milhões de mulheres com próteses mamárias ao redor do globo. Nos últimos anos, porém, uma tendência na direção contrária tem chamado a atenção: a dos explantes.
De acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica, em 2018, 14,6 mil mulheres retiraram o silicone. Em 2019, o número passou para 19,4 mil. Em 2020, atingiu a marca de 25 mil explantes. No Brasil, o país mais adepto de intervenções estéticas no ranking mundial, a moda também pegou.
Doença do silicone
A doença do silicone é uma delas. Descrita pela primeira vez em 2011, é uma condição que exige mais estudos para entendê-la completamente. É uma patologia muito rara, autoimune, provocada pelo contato da paciente com a prótese mamária. Frente a esse corpo estranho, o organismo cria uma reação imunológica em que passa a atacar as próprias células saudáveis.
Ela é associada à síndrome ASIA, a qual desencadeia o mesmo mecanismo de proteção quando em contato com substâncias “estranhas” ao organismo, como hormônios, antígenos, esteroides anabolizantes, toxina botulínica, preenchedores, entre outras.
Contratura capsular
A rejeição à prótese, também chamada de contratura capsular, já é mais conhecida pela ciência. Ela atinge cerca de 5% das mulheres com implante há menos de 5 anos e o risco aumenta conforme o tempo com a prótese, sendo a complicação mais frequente no pós-cirúrgico.
Os sintomas vão desde dores e inchaço nas mamas até assimetria ou ondulações nos seios, podendo atingir uma ou as duas mamas. No entanto, devido aos avanços na tecnologia das próteses, elas não necessariamente precisam ser retiradas.
Para evitar o quadro de contratura e possíveis infecções, é importante seguir as recomendações do pós-operatório, como:
– Tomar os medicamentos prescritos pelo médico;
– Utilizar o sutiã cirúrgico no tempo estipulado pelo cirurgião;
– Respeitar o repouso indicado; e
– Evitar o uso de cigarro e a ingestão de bebidas alcoólicas no período aconselhado pelo médico.
Como funciona
Se necessário, o procedimento utiliza a mesma incisão feita na colocação do implante para a remoção da prótese. A paciente recebe anestesia geral e a operação não dura mais do que 30 minutos. Quando é feita a mastopexia, cirurgia de correção da flacidez das mamas, o processo pode se estender por 3 horas. Mas, no geral, a recuperação é simples: depois de um repouso de 15 a 30 dias, a paciente pode voltar às atividades normalmente.