As exportações do agronegócio do Rio Grande do Sul tiveram uma queda de 15,5% no primeiro semestre, em comparação com o mesmo período do ano passado. As transações somaram US$ 5,1 bilhões, conforme dados divulgados na Expointer nesta terça-feira (27) pela Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão do Estado.
Mesmo com a produção doméstica em alta, o que influencia este cenário é a soja, que uma queda expressiva de 48,2%. A negativa da produção foi tanto em volumes embarcados quanto na média de preços.
O percentual da baixa também se explica devido ao cenário atípico de 2018, quando a China demandou o produto além do normal. O país oriental é o principal parceiro do setor primário gaúcho.
Mesmo com a queda nas exportações, a soja ainda foi o produto de maior peso nas exportações do setor agropecuário gaúcho no primeiro semestre do ano, tendo exportado US$ 1,6 bilhão.
Em contrapartida à soja, outros segmentos tiveram o comportamento inverso nos primeiros seis meses do ano, com crescimento bastante significativo. É o caso do setor de produtos florestais, com alta de 56,2%, e da cadeia de fumo e derivados, que teve crescimento de 25,2%.
A previsão para as exportações do atual semestre, porém, é positiva. Conforme o economista Sergio Leusin Jr, que elaborou os estudos junto à Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão, há potencial de crescimento das exportações de soja até o fim do ano. “Para tanto, é preciso que a conjuntura internacional ajude. Em especial, o mercado precisa reduzir o grau de incertezas diante do acirramento nesta disputa comercial entre EUA e China”, observou Leusin Jr.