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Por Redação O Sul | 4 de maio de 2015
A balança comercial brasileira registrou superávit de 491 milhões de dólares em abril. Este é o segundo resultado positivo consecutivo de 2015. O desempenho é efeito de exportações de 15,156 bilhões de dólares e importações de 14,665 bilhões de dólares.
No período, a corrente de comércio foi de 29,8 bilhões de dólares, valor 23,4% menor que o verificado no mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados na sede da Secretaria de Comércio Exterior.
A média diária das exportações em abril chegou a 757,8 milhões de dólares, 23,2% menor que a verificada no mesmo mês no ano passado. Já na comparação com março de 2015, houve queda de 1,8%. No mês, os embarques de produtos básicos somaram 7,548 bilhões de dólares, os de manufaturados 5,503 bilhões de dólares e semimanufaturados, 1,717 bilhão de dólares.
Os dados foram impactados pelo incêndio ocorrido em Santos, no litoral de São Paulo, de acordo com o diretor do Departamento de Estatística e Apoio à Exportação da secretaria, Herlon Brandão. “O volume movimentado no porto de Santos foi 58,5% menor que o verificado em abril do ano passado”, explicou ele, destacando ainda que somente a soja teve uma redução de 85% no embarque no porto de Santos.
Ritmo lento
Além disso, no mês de abril houve um ritmo mais lento das exportações de soja, paralisação de caminhoneiros e chuvas no Sul do País. “Alguns tipos de produtos que são exportados a granel não são embarcados com chuva”, explicou.
As exportações de produtos básicos, em média diária, apresentaram queda de 28,9%, especialmente pela redução de 43,7% do minério de ferro, soja em grão (-38,7%) e farelo de soja (-33,9%). No mês, também registraram queda: carne suína (-21,2%), carne de frango (-18,3%), carne bovina (-17,9%), fumo em folhas (-8,5%) e café em grão (-6,4%). Por outro lado, cresceram as exportações de minério de cobre (27,4%) e petróleo bruto (0,9%).
Semimanufaturados
As exportações de semimanufaturados reduziram 20% no mês em comparação com abril do ano passado. O desempenho deste grupo foi puxado principalmente pela queda nas exportações de ouro em forma semimanufaturado (-56,7%); açúcar bruto (-32,6%); semimanufaturados de ferro/aço (-27,5%); óleo de soja bruto (-20,8%); ferro-ligas (-19,7%), couro e peles (-19%) e celulose (-4,6%). Os produtos com as maiores altas foram de alumínio bruto (54,5%) e madeira serrada (18,5%).
Manufaturados
No grupo de produtos manufaturados, que apresentou retração de 14,9%, os resultados mais destacados foram: açúcar refinado (-43%); automóveis de passageiros (-28,1%); máquinas para terraplanagem (-24,3%); aviões (-21,9%); motores e geradores (-19,8%); autopeças (-14,2%); bombas e compressores (-14,1%); motores para veículos e partes (-11,9%); pneumáticos (-11,0%) e veículos de carga (-2,8%). Cresceram as vendas de tubos flexíveis de ferro/aço (101%); tratores (28,6%); óxidos e hidróxidos de alumínio (20,4%); polímeros plásticos (17,4%); laminados planos (11,6%) e papel e cartão (5,2%).
Importações
Pelo lado das importações, a média diária foi de 733,3 milhões de dólares, o que representa uma queda de 23,7% na comparação com março de 2014 e de 2,4% sobre março deste ano. Decresceram as importações de combustíveis e lubrificantes (-48,3%); matérias-primas e intermediários (-19,8%); bens de consumo (-17,9%) e bens de capital (-16,4%).
No grupo dos combustíveis e lubrificantes, a retração ocorreu principalmente pela diminuição dos preços de naftas, óleos combustíveis, gasolina, gás natural, petróleo e carvão. Já no segmento de matérias-primas e intermediários, decresceram as aquisições de produtos alimentícios, matérias-primas para agricultura, produtos agropecuários não alimentícios, acessórios de equipamento de transporte, partes e peças de produtos intermediários, produtos químicos/farmacêuticos e produtos minerais. No setor de bens de consumo, as principais quedas foram observadas nas importações de máquinas e aparelhos de uso doméstico, automóveis de passageiros e partes, partes e peças para bens de consumo duráveis, bebidas e tabaco, móveis, produtos alimentícios e farmacêuticos.