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Exportações gaúchas voltam a crescer em março

A alta do ICI na prévia de junho foi determinada principalmente pela melhora das expectativas em relação aos meses seguintes (Foto: Banco de Dados)

As exportações do Rio Grande do Sul alcançaram 1,3 bilhão de dólares em março, o que representa um aumento de 93,4 milhões de dólares (8,1%) em relação ao mesmo mês do ano passado. Isso se deve principalmente ao crescimento do volume exportado (22,4%), uma vez que houve queda (-11,7%) dos preços. Em março, o Estado ocupou a quarta posição nas exportações nacionais (7,38%), abaixo de São Paulo (26,53%), Minas Gerais (12,72%) e Mato Grosso (8,17%).

Os dados foram divulgados ontem pela FEE (Fundação de Economia e Estatística).
Segundo o economista Tomás Amaral Torezani, “apesar da queda em preço em março, a perspectiva é positiva, porque a nova safra de soja entra com intensidade e tende a puxar as exportações gaúchas”. A indústria de transformação representa 83% do total exportado (1 bilhão de dólares), especialmente com aumentos nos setores de fumo (56 milhões de dólares), veículos automotores (49,1 milhões de dólares) e carne suína. Como variação negativa no mês, destaca-se o setor de derivados do petróleo (-45,9 milhões de dólares).

A agropecuária também registrou crescimento, com uma variação de 15,2 milhões de dólares (8,3% em valor, 22,9% em volume), ainda que apresente queda de 11,9% em preços. Com relação aos principais destinos das exportações do Rio Grande do Sul em março, destacam-se os aumentos de 98,2 milhões de dólares (167,7%) para a China, de 31,2 milhões de dólares (29,5%) para a Argentina e de 27,7 milhões de dólares (297,3%) para a Coreia do Sul. Como destaques negativos, surgem reduções de 56 milhões de dólares (-60,8%) para o Paraguai e de 31 milhões de dólares (-71,0%) para o Irã.

Acumulado do ano – Nos primeiros três meses de 2015, as exportações do Estado acumularam 3,1 bilhões de dólares, o que representa uma queda de 5,2% em relação ao mesmo trimestre do ano passado. De acordo com o economista Guilherme Risco, as perspectivas para este ano são boas, não apenas porque o RS ganhou maior participação nas exportações de soja, mas também porque a valorização cambial pode beneficiar as exportações mesmo com um preço eventualmente menor.

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