Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 11 de maio de 2024
A fábrica da Volkswagen em Taubaté, no interior de São Paulo, prepara um período de férias coletivas ainda neste mês por possível impacto pela tragédia que atinge o Rio Grande do Sul. Temporais causaram grandes enchentes no estado e 136 pessoas morreram até o momento.
Em comunicado enviado aos trabalhadores nessa sexta-feira (10), o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindmetau) informou que 1,8 mil funcionários podem ser afetados. O aviso informa que a medida foi protocolada de forma preventiva.
Inicialmente, a ideia da montadora é que as férias coletivas aconteçam entre os dias 27 de maio e 15 de junho, com retorno dos funcionários ao trabalho previsto para o dia 17 de junho.
Ainda segundo o sindicato, a medida pode ser necessária “devido à situação de calamidade pública no estado do Rio Grande do Sul e com possibilidade de afetar a produção em Taubaté”.
Algumas peças usadas pela fábrica da Volkswagen em Taubaté são produzidas do Sul do país. Com a tragédia no RS, existe a possibilidade de que a produção dessas peças seja impactada.
O Sindmetau explicou ainda que, caso não haja impacto, o aviso de férias coletivas pode ser cancelado antes do início da medida, prevista para o dia 27 de maio.
A Volkswagen informou que avalia todos os cenários, mas que se pronunciará oficialmente na segunda-feira (13).
Em março de 2023, conforme a Agência Brasil, diversas montadoras anunciaram que concederiam férias coletivas aos funcionários e paralisariam a produção de veículos em suas plantas no Brasil. Os motivos fotam diversos. Desde a falta de equipamentos, agravada pela pandemia de covid-19, até problemas provocados pelo cenário econômico brasileiro, principalmente com a alta dos juros e da inflação, o que levou à queda nas vendas de veículos.
Primeira
A primeira a interromper a produção foi a Volkswagen, que parou com as atividades em fevereiro de 2023 em São Bernardo do Campo (SP), São José dos Pinhais (PR) e na fábrica de motores de São Carlos (SP) por falta de peças. As três unidades voltaram a operar normalmente, mas a montadora anunciou que adotaria 10 dias de férias coletivas na fábrica de Taubaté (SP) “para manutenção de produção da unidade e também em razão da instabilidade na cadeia de fornecimento de componentes”.
Na Hyundai Motor Brasil, as férias coletivas começaram em 20 de março do ano passado para os três turnos de produção e equipes administrativas da fábrica em Piracicaba, no interior de São Paulo. As férias coletivas não atingiram as operações da fábrica de motores, localizada no mesmo complexo industrial. Segundo a empresa, o objetivo foi adequar os volumes de produção, evitando a formação de estoques.
A Mercedes-Benz do Brasil concedeu férias coletivas, de forma parcial, na fábrica de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. As férias foram entre os dias 3 de abril e 2 de maio por “necessidade de ajuste no programa de produção”. De acordo com a montadora, a medida foi necessária por causa da falta de componentes na indústria automotiva global e nacional e para adequação dos volumes de vendas do mercado de veículos comerciais.
As montadoras GM e Stellantis também concederam férias coletivas aos funcionários, paralisando a produção nas fábricas em São José dos Campos, em São Paulo, e Goiana, em Pernambuco.
Voltar Todas de Rio Grande do Sul