Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 31 de maio de 2024
As mudanças climáticas, o desmatamento, a poluição e a destruição do habitat são uma preocupação mundial.
Foto: Gustavo Mansur/Palácio PiratiniO mundo precisa fazer as pazes com a natureza ou correrá o risco de alimentar mais conflitos globais como a guerra em Gaza. É o que disse, nesta sexta-feira (31), a presidente da próxima cúpula de biodiversidade da Organização das Nações Unidas (ONU).
A COP16 de biodiversdade na Colômbia, em outubro, está encarregada de negociar as próximas etapas para implementar o acordo histórico de Kunming-Montreal de 2022 — comparado ao Acordo de Paris sobre mudança climática, mas para a natureza — a fim de abordar o drástico declínio da biodiversidade em todo o mundo.
As mudanças climáticas, o desmatamento, a poluição e a destruição do habitat levaram a um declínio de 69% nas populações globais de animais selvagens desde 1970, de acordo com a organização sem fins lucrativos WWF.
A ministra do Meio Ambiente da Colômbia, Susana Muhamad, definiu suas prioridades como presidente da COP16, juntamente com um alerta se o mundo não reformar a governança global para resolver problemas como a crise climática.
“A situação atual na Palestina, onde a humanidade está observando como um povo do mundo está sendo esmagado militarmente, e não há nem mesmo a capacidade da ONU de fornecer ajuda humanitária”, disse Muhamad durante um discurso para o Atlantic Council, em Washington.
“Essa situação é o que poderíamos esperar em uma falta de governança e em um mundo caótico por causa da crise climática”, acrescentou.
Muhamad disse que a “guerra suicida contra a natureza” está causando o aumento dos conflitos, mas não entrou em detalhes sobre a conexão.
As instituições multilaterais não estão equipadas para lidar com desafios sem precedentes, como a mudança climática, e precisam ser reformuladas ou correm o risco de o mundo cair no domínio dos mais fortes por meio da violência, disse Muhamad.
As principais prioridades da Colômbia para a COP16 incluem uma discussão “intensa” sobre como reformar o sistema financeiro global que permitirá que os países em desenvolvimento assumam fortes compromissos ambientais sem contrair mais dívidas, disse ela.