O Facebook revelou nesta segunda-feira (16) a ampliação do cabo submarino gigante que está sendo construído na África, com o objetivo de levar a internet para uma maior quantidade de pessoas do continente. Com o anúncio, o projeto já tem confirmada a cobertura para um total de 26 países, até o momento.
De acordo com a rede social, a expansão permitirá atender a Seychelles, Ilhas Comores, Angola e a parte sudeste da Nigéria. Os novos territórios se juntam às Ilhas Canárias, que também foram incluídas recentemente no projeto conhecido como 2Africa.
Anunciada em maio de 2020, a iniciativa 2Africa prevê a colocação de 37 mil km de cabos submarinos, fornecendo quase três vezes a capacidade total da rede de cabos que atende à África atualmente. Além do Facebook, fazem parte do projeto empresas como a China Mobile International, Orange, Vodafone, MTN GlobalConnect, WIOCC, Telecom Egypt e STC.
O programa é parte dos planos de longa data de Mark Zuckerberg para liderar o fornecimento de conexões mais confiáveis e velozes no continente. Em 2016, a companhia tinha planos de lançar um satélite que levaria o sinal de internet para toda a região, mas o foguete da SpaceX que transportava o equipamento explodiu na base de lançamento.
Operando a partir de 2024
Ligando a África, a Europa e o Oriente Médio, a nova rede de cabos submarinos liderada pelo Facebook deve ter a construção concluída entre o final de 2023 e o início de 2024. As operações do sistema estão previstas para começar logo em seguida.
Quando concluído, o 2Africa atenderá à demanda crescente por conexões 4G, 5G e banda larga fixa na região, conectando centenas de milhões de pessoas. A expectativa dos responsáveis pelo projeto é fornecer internet rápida para tudo, de streaming de filmes ao envio de mensagens, incluindo também a telemedicina.
O Google também anunciou o “Firmina”, um cabo submarino de fibra óptica que está sendo construído entre a costa leste dos Estados Unidos e Las Toninas, na Argentina. De acordo com a gigante da tecnologia, esse será o cabo mais longo do mundo capaz de funcionar com uma única fonte de energia em uma de suas pontas caso suas outras fontes fiquem indisponíveis.
O objetivo do equipamento é aprimorar o acesso da população da América do Sul a serviços como Gmail, YouTube, Google Cloud e o próprio buscador. O equipamento também terá estações de pouso em Praia Grande, no litoral Sul do Estado de São Paulo, e Punta Del Este, no Uruguai.
A companhia explicou que o Firmina vai transportar dados de forma veloz e segura entre as Américas do Sul e do Norte. Com isso, será oferecido aos usuários um acesso rápido e de baixa latência às plataformas digitais da marca.
A publicação, que foi feita no blog oficial do Google, é assinada por Bikash Koley, vice-presidente de Global Networking do Google Cloud. De acordo com ele, a capacidade de o cabo funcionar com uma única fonte de energia em uma das pontas garante confiabilidade.